O objetivo desse artigo é trazer à baila algumas considerações a respeito das funções e utilizações dos gêneros musicais articuladas por diferentes autores das áreas de antropologia, comunicação, etnomusicologia e musicologia para, a partir delas, formular um possível conceito de gênero em música. As reflexões expostas e avaliadas nesse trabalho foram selecionadas por meio de uma pesquisa de caráter bibliográfico. Como resultado dessa análise, foi possível perceber que não há consenso a respeito do que é gênero musical. Dessa maneira, pode-se concluir que esse conceito se configura como um conjunto de funções e significados decorrentes de interesses diversos, atribuído às manifestações musicais.
Radamés Gnattali (1906 – 1988) foi um compositor brasileiro que empreendeu uma trajetória musical pautada em grande diversidade de opções estéticas, gêneros e possibilidades de instrumentação e orquestração. Sua obra de concerto abarca diversos elementos oriundos da música popular urbana veiculada por rádios e gravações em discos de vinil. Entre esses elementos estão a escrita intrínseca ao jazz, as características musicais da seresta, do samba, da marcha carnavalesca e do choro e a utilização dos instrumentos consagrados por esses e outros gêneros brasileiros. Nesse artigo, descrevo parte da trajetória musical de Gnattali, tanto de sua formação musical quanto da vida profissional, buscando evidenciar as ocorrências que o levaram a compor música de concerto pautada pela música popular brasileira e pelo jazz.
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