Introdução: A infecção por SARS-CoV-2 foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, e rapidamente espalhou-se por todo o mundo. Houve um crescente número de casos com envolvimento neurológico da COVID-19, que podem estar associados a sintomas mais severos ou sequelas. Objetivo: investigar as manifestações neurológicas ocorridas ou persistentes após a COVID-19, correlacionando-as com variáveis clínicas dos indivíduos acometidos e seus possíveis impactos biopsicossociais. Metodologia: estudo exploratório, observacional do tipo quantitativo, usando-se formulário eletrônico respondido em 2021 por 800 voluntários que tinham previamente tido covid. Usou-se o teste de chi quadrado de Pearson para correlacionar as variáveis. Resultados: observou-se predominância do sexo feminino (73,6%), idade média de 29,6 ±10 anos, e diagnóstico de COVID-19 feito através de teste laboratorial (77%). Os principais sintomas neurológicos apresentados durante a infecção foram cefaleia (72%), seguida de “dor no corpo” (66,6%) e perda/distorção do olfato ou paladar (66,1%). Oitenta por cento dos participantes referiu ter apresentado sintomas neurológicos pós-infecciosos, sendo que as mais prevalentes foram dificuldade de atenção (42%), seguido de fadiga (35,2%) e dor de cabeça (35,1%). A análise estatística demonstrou que ser do sexo feminino (p=0,0001) e ter apresentado dificuldade respiratória durante a infecção aguda (p=0,0001) foram os maiores fatores de risco preditores para o aparecimento de sintomas neurológicos pós-infecciosos. Observou-se que 64% dos participantes acometidos por sintomas neurológicos pós-Covid relataram algum impacto em sua vida diária, havendo correlação com doença crônica (p=0,001) e doença respiratória durante a infecção (p=0,001). Conclusão: o acometimento neurológico pode ser parte relevante em todas as fases da covid, sendo sua identificação e abordagem terapêutica efetivas essenciais para proporcionar menor impacto na vida dos indivíduos acometidos, inclusive a longo prazo.
Introdução: A infecção por SARS-CoV-2 foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, e rapidamente espalhou-se por todo o mundo. Houve um crescente número de casos com envolvimento neurológico da COVID-19, que podem estar associados a sintomas mais severos ou sequelas. Objetivo: investigar as manifestações neurológicas ocorridas ou persistentes após a COVID-19, correlacionando-as com variáveis clínicas dos indivíduos acometidos e seus possíveis impactos biopsicossociais. Metodologia: estudo exploratório, observacional do tipo quantitativo, usando-se formulário eletrônico respondido em 2021 por 800 voluntários que tinham previamente tido covid. Usou-se o teste de chi quadrado de Pearson para correlacionar as variáveis. Resultados: observou-se predominância do sexo feminino (73,6%), idade média de 29,6 ±10 anos, e diagnóstico de COVID-19 feito através de teste laboratorial (77%). Os principais sintomas neurológicos apresentados durante a infecção foram cefaleia (72%), seguida de “dor no corpo” (66,6%) e perda/distorção do olfato ou paladar (66,1%). Oitenta por cento dos participantes referiu ter apresentado sintomas neurológicos pós-infecciosos, sendo que as mais prevalentes foram dificuldade de atenção (42%), seguido de fadiga (35,2%) e dor de cabeça (35,1%). A análise estatística demonstrou que ser do sexo feminino (p=0,0001) e ter apresentado dificuldade respiratória durante a infecção aguda (p=0,0001) foram os maiores fatores de risco preditores para o aparecimento de sintomas neurológicos pós-infecciosos. Observou-se que 64% dos participantes acometidos por sintomas neurológicos pós-Covid relataram algum impacto em sua vida diária, havendo correlação com doença crônica (p=0,001) e doença respiratória durante a infecção (p=0,001). Conclusão: o acometimento neurológico pode ser parte relevante em todas as fases da covid, sendo sua identificação e abordagem terapêutica efetivas essenciais para proporcionar menor impacto na vida dos indivíduos acometidos, inclusive a longo prazo.
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