A Síndrome de Dependência do Álcool (SDA) é um grave problema de saúde pública. Embora seja bem estudada e seu quadro clínico seja bem estabelecido, muitas vezes a SDA passa despercebida mesmo em avaliações psiquiátricas. Este trabalho apresenta um breve relato das relações que a sociedade e o homem mantêm com as bebidas alcoólicas, enfatizando o desenvolvimento do conceito de alcoolismo na medicina, até atingir a definição de SDA, tal como é descrita hoje pela CID-10 e DSM-IV. Procura mostrar como existem diversas formas de uso do álcool, que implicam em distintos níveis de risco e de gravidade no seu consumo e que evoluem como um continuum. Tais diferenças são frisadas no cotejamento entre os conceitos de uso nocivo e de dependência do álcool, que se revestem de muita importância na clínica, tanto na prevenção quanto no tratamento desse transtorno, que devem ser do conhecimento de todo psiquiatra.
plantação de práticas de prevenção com base em evidências científicas, apresenta um modelo que vem sendo adotado pela Suécia, do tipo restritivo, no qual o consumo de drogas não é tolerado. Com fundamentação em aspectos como o "contágio" -no qual um usuário tem forte influência sobre um novo usuário -e o de "porta de entrada" -no qual o consumo de maconha é considerado no mínimo um fator de risco para a experimentação de outras drogas, o Dr. Laranjeira discorre sobre um modelo centrado na prevenção da experimentação de maconha como forma eficaz de reduzir o consumo global de drogas, um modelo oposto a debates recentes em nosso país (que vem incluindo depoimentos públicos de autoridades favoráveis a idéias de descriminalização, além de organização de "marchas da maconha" em várias cidades brasileiras). O que chama a atenção é o apoio que tal política tem por parte da população, na afirmativa do autor de que "existe uma grande pressão por parte da opinião pública em reivindicar maiores controles sociais e legais em relação às drogas".Apresentando esse modelo, em que o objetivo principal não é o traficante -embora ele obviamente continue a ser penalizado -mas sim o usuário, o autor propõe uma nova discussão sobre essa questão no Brasil, fazendo com que a leitura desse artigo seja indispensável em futuros debates na implementação de políticas públicas visando à redução do custo social das drogas em nosso país. Contribuição à discussão sobre a legalização de drogasContribution to the discussion on drug legalization Marco Antonio Bessa 2 O tema das drogas está incrustado em todas as dimensões da vida contemporânea. É, portanto, tema complexo, inundado de emoções, preconceitos, medos, ilusões e, o que é mais grave, certezas.O lúcido e abrangente artigo do Dr. Ronaldo Laranjeira aborda as drogas em vários níveis -neurobiológico, histórico, social e político -mas, por limitações de publicação, não pode aprofundar-se em todas as explicações.O objetivo de meus comentários é o de destacar alguns pontos que entendo importantes e procurar ressaltar aspectos que não puderam ser explorados de modo mais amplo no artigo principal.Um argumento que é muito utilizado pelos defensores da legalização das drogas é o de que essas acompanham os homens desde os seus primórdios e que todas as sociedades sempre produzem algum tipo de substância para promover a alteração do estado de consciência do indivíduo. Daí, concluem ser impensável uma sociedade sem drogas.Esse é um bom argumento histórico. No entanto, é um argumento parcial. A questão a ser discutida não é a da existência de drogas em todas as sociedades, como se isso fosse suficiente para legitimá-las. Todas as sociedades também convivem com homicídios, estupros, violências, prostituição, pornografia, etc., nem por isso defende-se sua pura extinção por decreto ou sua aceitação moral ou jurídica. Todos esses comportamentos sofrem algum tipo de ponderação, de controle e de punição.A grande questão é como cada sociedade organiza, ritualiza e legitima o uso das drogas em cada momento hi...
Objective: To investigate the association of cocaine and marijuana use during adolescent pregnancy in São Paulo-SP, Brazil, with psychiatric disorders, social status and sexual history. Method: One thousand pregnant adolescents were assessed by using the Composite International Diagnostic Interview, and sociodemographic and socio-economic questionnaire at the obstetric center of a public hospital in São Paulo. Hair samples were collected for analysis. Results: The following data were associated with cocaine and/or marijuana use during the third trimester of the pregnancy: being younger than 14 years of age, having a history of more than 3 sexual partners, and having psychiatric disorders, specifically, bipolar disorder, post-traumatic stress disorder, and somatoform disorder. Conclusion: In early adolescence pregnancy, having 3 or more sexual partners in life for this population is significantly associated with the use of cocaine or marijuana during gestation. This association suggests that specific intervention programs should target these young women. Descriptors
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.