Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar a involução das estruturas umbilicais em bezerros sadios da raça Nelore ao longo dos primeiros 35 dias de vida, e de comparar esse processo em bezerros concebidos por métodos naturais ou por fertilização in vitro (FIV). Quarenta bezerros foram distribuídos em dois grupos (n=20) de acordo com o método de concepção (natural ou FIV) e cada grupo foi composto por dez machos e dez fêmeas. A ultrassonografia (transdutor microconvexo de 7,5 MHz) foi empregada para examinar o conjunto das estruturas remanescentes do cordão umbilical que compõem o umbigo externo e as estruturas abdominais (veia umbilical, artéria umbilical esquerda e ducto alantóide), mensurando-se os seus diâmetros em locais definidos. Os exames foram realizados entre 24 e 36 horas de vida e aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias de idade. Testaram-se os efeitos do sexo, da idade e do método de concepção por meio da análise de variâncias de medidas repetidas. O exame ultrassonográfico provou-se adequado para a avaliação das estruturas umbilicais extra e intracavitárias permitindo a caracterização do processo fisiológico de involução das mesmas. No umbigo externo, as veias umbilicais foram observadas como imagem individualizada até os 14 dias de vida e um conjunto de estruturas em processo de atrofia era visualizado após essa idade. No abdômen, a veia e a artéria umbilicais foram visualizadas até os 35 dias de idade e o ducto alantóide somente durante a primeira semana de vida. Essas estruturas apresentaram-se com parede hiperecóica regular e contínua e lúmen homogeneamente anecóico. O diâmetro de todas as estruturas umbilicais estudadas se reduziu continuamente ao longo do primeiro mês de vida (p<0,05), sem efeito do sexo (p>0,05). Comparados aos bezerros concebidos por métodos naturais, os produtos de FIV nasceram com os vasos umbilicais e o ducto alantóide um pouco mais calibrosos (diâmetros 1 a 3 mm maiores). Distintamente dos valores mais elevados estabelecidos em estudos prévios para os bezerros de raças européias, pode-se admitir, por fim, que nos bezerros recém-nascidos sadios da raça Nelore a espessura das estruturas que compõem o umbigo externo não deve ultrapassar 2 cm, o diâmetro da veia e da artéria umbilicais pode chegar a 1 cm e o do ducto alantóide é próximo a 0,5 cm.
A termografia infravermelha (TIV) representa um exame de imagem complementar, trata-se de uma ferramenta não ionizante e não invasiva que capta e registra a emissão térmica da superfície da pele. Esta vem sendo utilizada na medicina humana há mais de 50 anos, na avaliação das mudanças da temperatura superficial induzida por enfermidades como: neoplasias mamárias, diabetes, distúrbios vasculares, regiões musculares, doenças articulares, alterações simpáticas e parassimpáticas entre outras utilidades. Em medicina veterinária, as TIV primeiras descrições ocorreram na década de 1960, e desde então passou a crescer tecnologicamente. Esta revisão descreveu sobre a princípios básicos e as principais aplicações da TIV em medicina veterinária. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica possibilitando assim consolidar informações relativas à base teórica e ao tema proposto. Após a revisão foi possível identificar a história tecnológica da TIV, além de descrever princípios físicos básicos relacionados a técnica e as principais aplicações em medicina veterinária, visando destacar a eficácia desta modalidade no auxilio diagnóstico das inúmeras situações descritas.
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