No Brasil, e especialmente na região do Vale do Paraíba, estado de São Paulo, a silvicultura com o cultivo do eucalipto está se expandindo para as áreas declivosas, ocupadas com pastagens degradadas, devido ao limitado valor agropecuário destas topografias e sua maior aptidão florestal. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes métodos de preparo de solo sobre as perdas de solo e água, por erosão, e sobre o desenvolvimento inicial de plantio clonal, de Eucalyptus grandis, em áreas declivosas. O ensaio foi instalado num delineamento fatorial 3x2, com três intensidades de preparo (coveamento manual, coveamento mecânico e subsolagem a favor do declive) e dois sistemas de manejo de resíduos de colheita (com e sem resíduos), com 4 repetições, num Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico (textura média/argilosa), com declividade média de 20.3%. A perda de solo e o crescimento da floresta foram avaliados durante 1 ano, entre março de 2004 e fevereiro de 2005. Em dois tratamentos, o com coveamento manual e manutenção dos resíduos (MAC) e na subsolagem sem resíduos (SUS), a erosão foi medida diretamente através do método da parcela padrão, instaladas em todas as repetições, e com dimensões de 14 x 24 metros. Uma parcela padrão adicional, sem preparo, sem plantas e sem resíduos, foi também instalada como uma parcela controle. As erosões mensuradas foram agrupadas e analisadas em três períodos (0 a 2, 3 a 7, e 8 a 12 meses). Para os demais tratamentos, a erosão foi estimada por modelos (por período e global) gerados por regressões lineares múltiplas entre a erosão observada nas parcelas padrão dos tratamentos MAC e SUS, e variáveis independentes oriundas dos atributos locais de cada parcela e a partir do método de pinos. O crescimento inicial do eucalipto foi determinado estimando-se a cobertura do solo e a biomassa da parte aérea aos 3, 6, 9 e 12 meses. Para as parcelas padrão, houve maior erosão no tratamento SUS do que no MAC, com valores médios de 12,96 e 2,4 Mg ha -1 ano -1 , respectivamente. Para ambos os tratamentos, a erosão diminuiu com o crescimento da floresta. Quanto ao resíduo, a sua manutenção na área reduziu ligeiramente o crescimento de E. grandis. Ponderando-se os ganhos de crescimento inicial e as perdas erosivas esperadas, a manutenção dos resíduos no local e o coveamento mecânico podem ser identificadas como a melhor opção de preparo do solo para essas áreas declivosas.
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