As transformações recentes pelas quais tem passado a indústria têxtil mundial resultaram em modificações na configuração e forma de relacionamento entre os componentes da cadeia produtiva têxtil mundial. Essas transformações são derivadas da inserção de novos atores no comércio mundial de têxteis, principalmente as empresas provenientes de países periféricos, que passaram a competir na comercialização mundial com produtos mais baratos, provocando a reação dos produtores dos países europeus e dos Estados Unidos, que passaram a integrar os diversos componentes da cadeia produtiva em vários países, resultando em uma cadeia produtiva global. Assim, o objetivo deste artigo é analisar as transformações ocorridas na cadeia têxtil mundial a partir de uma abordagem teórica à cadeia produtiva global, ou global commodity chain, por meio de uma revisão bibliográfica e análise de dados sobre a cadeia têxtil mundial.
RESUMOAs abordagens que tratam da cooperação entre empresas numa cadeia de suprimentos geralmente consideram os aspectos benéficos desta cooperação, como ganhos de competitividade e produtividade, porém não consideram o fato de que as relações de cooperação ocorrem de forma assimétrica na cadeia, devido à heterogeneidade dos participantes. Com objetivo de analisar cooperação, aprendizagem e processos de inovação em uma cadeia cujo relacionamento é reconhecidamente assimétrico e que o grau de competitividade tem se acirrado nos últimos anos, como no caso da indústria têxtil brasileira, este trabalho foi realizado a partir de entrevistas, baseadas em questionários, com 14 empresas têxteis da região de Americana/SP. Essas entrevistas mostraram a existência de relações superficiais de cooperação entre os membros da cadeia entrevistados, e que essa forma de cooperação implica a inexistência de um processo sistemático e coordenado de aquisição de conhecimento e, por consequência, de inovações tecnológicas e organizacionais entre as empresas.Palavras-chave: Inovação; aprendizagem; cooperação; indústria têxtil. ABSTRACTApproaches that deal with cooperation among companies in a supply chain generally consider the beneficial aspects of this cooperation, such as gains in competitiveness and productivity, but do not consider the fact that the cooperative relations occur asymmetrically in the chain, due to the heterogeneity of the participants. In order to analyze the cooperation, learning and innovation processes in a chain whose relationship is known as asymmetrical and that the degree of competitiveness has increased in recent years, as in the case of the Brazilian textile industry, this work was based on interviews with 14 textile companies from Americana region, São Paulo, Brazil. These interviews showed the existence of superficial relations of cooperation among the members of the chain interviewed, and that this form of cooperation implies in the inexistence of a systematic and coordinated process of knowledge acquisition by companies and, consequently, of technological and organizational innovations.
A indústria têxtil brasileira tem passado por transformações em relação a sua forma de organização da produção e de comercialização, principalmente após a abertura comercial realizada no início dos anos 90. Estas rápidas transformações resultaram em sérias consequências para esta indústria, como o fechamento de muitas empresas e modificações nas relações entre os membros da cadeia de suprimentos têxtil em diversas regiões, como a região têxtil de Americana (SP), um dos maiores polos produtores e tecidos planos sintéticos do país. Assim, o objetivo desta pesquisa foi mapear e analisar a dinâmica e as características de cadeias de suprimentos das empresas têxteis nesta região , a partir das dimensões propostas na abordagem de análise de redes de empresas (centralidade, densidade, intermediação e proximidade). Para isso foi feita uma sondagem ou survey, baseada num questionário simples com questões diretas sobre as relações das principais empresas com fornecedores e clientes. Em seguida foi utilizada como ferramenta a metodologia de análise de redes. Os resultados obtidos permitiram observar que a pesquisa baseada na abordagem da teoria de análise de redes ajudou a entender as principais características dessa cadeia analisada, e que confirmaram algumas condições da dinâmica competitiva observados em pesquisas anteriores por esse autor, como pouca cooperação e proximidade entre componentes da cadeia, aumento do grau de internacionalização de algumas empresas e do grau de heterogeneidade nas empresas componentes do aglomerado têxtil da região.
As transformações pelas quais passou a indústria brasileira, principalmente na década de 90, com a abertura comercial e exposição desta indústria à concorrência externa, resultou em modificações na dinâmica do mercado interno de tecidos e roupas, impondo às empresas sobreviventes novas ações para se manterem neste novo mercado. A indústria têxtil do Estado de São Paulo, o maior produtor nacional deste tipo de bem, passou a adotar inovações em produtos e processos. Porém, apesar de algumas discussões sobre as características e natureza destas inovações, pouco se discute sobre o papel da cooperação entre estas empresas têxteis com outras empresas e instituições para a consolidação de tal processo inovativo, e nem qual a evolução desta cooperação nos últimos anos. Assim sendo, este artigo tem por objetivo discutir a evolução da cooperação entre estas empresas com o ambiente externo, a partir dos dados obtidos pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) do IBGE.
ResumoOs empreendimentos autogestionários têm representado, principalmente após a década de 90, uma alternativa de trabalho e renda aos trabalhadores de empresas falidas em decorrência do processo de abertura comercial promovido pelo governo federal nesse período. Tais empreendimentos são assumidos pelos trabalhadores e assumidos de forma autogerida, em que as principais decisões em relação à forma de produção, e a propriedade dos meios de produção são coletivos e determinados democraticamente. Porém um dos principais aspectos destes empreendimentos se refere a forma de tecnologia utilizada durante o processo produtivo e que irá possibilitar sua viabilidade econômica e promover as condições e princípios estabelecidos pela produção autogestionária. Por isso, o objetivo deste texto é discutir a relação entre a produção organizada de forma coletiva e a tecnologia utilizada nesta forma de organização da produção, a partir dos principais enfoques e discussões propostos por diversos autores. Palavras-chaves: tecnologia; autogestão; competitividade. AbstractThe self-managing enterprises are represented, especially after the 90s, a source of employment and income to the employees of bankrupt as a result of the process of trade liberalization promoted by the federal government during this period. Such developments are made by workers in a self-managed and undertaken, in which major decisions regarding the form of production and ownership of the means of production are collective and democratically determined. But one of the main aspects of these enterprises refers to a form of technology used during the production process and will enable their economic viability and promote the conditions and principles established by self-managed production. Therefore, the objective of this paper is to discuss the relationship between the collectively organized production and technology used in this form of organization of production, from the main approaches and discussions proposed by several authors.
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