À profa. Ivete Pieruccini, pela confiança, pelas oportunidades diversas e instigantes, exame criterioso e desafiador, pela parceria constante nos caminhos reflexivos dessa pesquisa.Ao prof. Edmir Perrotti, igualmente, pelas contribuições referenciais, sobretudo, pelo horizonte científico que descortina. À profa. Maria de Fátima Tálamo, pela leitura atenta e apreciação do relatório parcial de qualificação, também pelas sugestões apontadas. Igualmente, à profa. Lúcia Maciel de Oliveira, cuja leitura do relatório, que alinhavada aos encontros do estágio-docência, permitiram outras conexões reflexivas na sequência dos estudos.
RESUMOIntrodução: A Ação Cultural é campo conceitual e de prática experimental do campo das Artes, presente, também, nas práticas profissionais de bibliotecários em bibliotecas públicas. Objetivos: Assinala a importância do diálogo de diferentes profissionais, dentro e fora das bibliotecas, que possam conferir articulação e autonomia expressiva para grupos culturais locais, redimensionar práticas e possibilidades de experimentação diversa nos dispositivos culturais da cidade. Este relato pretende indicar a biblioteca como dispositivo para afirmação de expressividades locais, articulação entre sujeitos e apropriação (cultural e simbólica) de espaços públicos. Ademais, procura suscitar reflexões sobre a atuação profissional do bibliotecário em âmbitos educativo-culturais, sobretudo, concernentes à Ação Cultural. Metodologia: Relato de experiência que recupera parcerias, aborda e apresenta projetos realizados pelo Coletivo Estopô Balaio, no extremo leste de São Paulo. Nesse sentido, foi realizada pesquisa documental, a partir da produção do próprio grupo, com aporte teórico do campo da Ação Cultural, que sustenta a narrativa. Resultados: A parceria entre bibliotecários e artistas-educadores mostra que é preciso redefinir e ampliar ações dentro da Biblioteca Pública, numa perspectiva de atuação sociocultural. Conclusão: A Ação Cultural, numa perspectiva articulada, reúne aspectos para afirmação expressiva de grupos e atores sociais locais, ressignificação de dispositivos culturais e práticas profissionais, aproximação entre os campos das Artes e da Biblioteconomia.
Mais uma contribuição do pai, com a metáfora da sede: observação de minha mãe Maria Helena. Toda criação é relação, experiência e, talvez, registro. "O último dia que choveu" Marcos Paulo de Passos No último dia que choveu, meu pai estava vivo. Andei com ele pelo quintal, ele já não suportava o corpo em pé, mas eu quis dar apoio uma vez mais para aquilo que se tornou um fardo para ele: a caminhada. Sustentei-o com a pouca força que trago no corpo, pois o pai era bem pesado. Passeamos fora da casa. Uma volta pelo quintal. Vimos juntos a arquitetura e paisagem das nossas histórias. Trocamos algumas palavras cotidianas. Falar já parecia cansativo. Foco "nos passos". Enquanto caminhava, meu pai expressou um sorriso simples, contido, caipira... aquele ventinho no rosto, de finzinho de tarde, nem sabia mais. Olhou pra mim com seus olhos verdes, brilhantes, marejados, e agradeceu... Pensei, engasguei, mas disse: eu que te agradeço! Então, vieram 40 dias no hospital... morada anódina em nossa história. Eu o visitava todos os dias desde a internação na UTI. Ali eu passava os 30, 40 minutos passando algodão úmido nos seus lábios ressecados e apertava-lhe as mãos sempre e, uma vez mais, dizia-lhe: força aí! Dará tudo certo! E falava novidades do dia, perguntava sobre o que sentia ou desejava e, às vezes, eu inventava algum assunto, como visitas que ele tinha recebido enquanto dormia, só para ver se os olhos brilhavam ou se a memória o revigorava. Ele não respondia, mas me olhava profundamente e com curiosidade. Certamente conhecia esse filho, mas não tais artimanhas. Eu o abraçava antes de ir embora. Sempre um abraço parcial, pois a cama dos hospitais impede a oportunidade de mais uma vez envolver o outro em nosso contorno. Naquele período, uma constatação: fui aprendendo a perdê-lo e a aceitar o irreversível: o limite. Numa noite de domingo partiu. Acabou sua realidade física? Ainda, por instantes, pude abraçá-lo. Mantinha um pouco o calor do corpo vivo, mas aos poucos, essa outra possibilidade de existência... gélida e silenciosa-reflexiva. Tudo que ele pedia era um pouco de água para saciar sua sede. Eu apertava firme o algodão umedecido sobre sua boca semiaberta. Ele se deliciava com aqueles parcos pingos que o invadiam. No dia do velório, estava sol. Clima bucólico, dia de reencontros e condolências. O pai estava ali, cerimonioso. No fim daquela tarde uma chuva forte, torrencial, molhou a todos, inclusive a ele. A sede fora saciada em cumplicidade, já que uniu os diferentes corpos ali presentes-"vivos e mortos"-sentença definitiva da existência: "passado e presente". texto dedicado à Benedito A. Passos, meu pai, in memorian. *Entrega do relatório para o exame de qualificação. Texto escrito em 14 de novembro de 2016. inspirá-los nos seus percursos estudantis e para além destes. Ao prof. Edmir Perrotti, pelo acompanhamento da pesquisa, pelas reflexões que permitiram avançar e compreender também as políticas científicas nas quais nos filiamos. Agradeço, de forma singular, ao Prof. Alexandre Serres, pelo acolhimento na URF...
Médiations et usages sociaux des savoirs et de l'information. Regards croisés France-BrésilMediação cultural e "infoeducação": construção de saberes e conhecimento
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