Apresentamos neste artigo uma discussão sobre as decisões didáticas, analisando a influência dos fatores decisionais do tipo história didática no ensino das expressões algébricas. Tratase de um recorte de uma pesquisa de Doutorado desenvolvida no campo da Didática da Matemática. Para tanto, abordamos essa problemática por meio da teorização e pesquisas acerca das decisões didáticas, com base no modelo dos níveis da atividade do professor, proposto por Margolinas ( 2002), e do modelo dos fatores decisionais, a partir de Bessot (2018). Elegemos como sujeitos da pesquisa um professor do Ensino Fundamental de uma escola pública, e seus alunos, e como saber matemático, as expressões algébricas. Os resultados obtidos apontam que o processo envolvendo as decisões didáticas pode ocorrer de forma coordenada, sem contradição entre os sujeitos participantes (professor-alunos), desde que os fatores decisionais do tipo história didática sejam identificados como responsáveis por influenciar tais decisões. Os fatores decisionais do tipo história didática fazem parte de forma predominante no processo que determina a tomada de decisão do professor, em especial, no nível 0 da sua atividade. Palavras-chave: Decisões didáticas. Fatores decisionais. História didática. Expressões algébricas.
O objetivo desta pesquisa consiste em Investigar a Avaliação e suas Influências nos Fenômenos Didáticos, da Transposição Didática e do Contrato Didático na sala de aula de Matemática. Sendo por tanto, desenvolvida na Escola Agrotécnica de Sumé, Paraíba, esta por sua vez da rede pública do município. A coleta de dados na forma de observação, gravação e anotação sendo o ambiente da pesquisa a própria sala de aula do professor observado. Os dados da pesquisa foram analisados levando em consideração os pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Conteúdo de Chevallard e Josep Gascón por meio dos grupos e subgrupos da Teoria Antropológica do Didático. O ambiente escolar foi propício para que compreendêssemos o cotidiano escolar com suas múltiplas e diversificadas realidades. Como resultados, a pesquisa nos revela os possíveis fatores aos quais leva-nos a acreditar que a Avaliação Influência no Processo Didático. É evidente que os aspectos qualitativos da avaliação não são considerados eficientes para o diagnóstico final tanto do ponto de vista pessoal do professor quanto para questões administrativas da escola. Os dados também nos evidenciam que não é possível haver um modelo padrão de avaliação porque a realidade de cada indivíduo varia com o seu tempo e modo de aprender, bem como o comportamento disciplinar. A pesquisa ainda aponta que o professor acredita ser indispensável à prova como forma de avaliação, logo isso é tido como uma norma, forma de cumprir com o seu dever e determinações da administração e não pela preocupação de fazer com que o aluno reflita.
Esse trabalho é parte integrante de uma pesquisa em desenvolvimento a nível de mestrado e possui o objetivo de apresentar como estão sendo desenvolvidos os estudos que investigam as decisões tomadas pelos professores no decorrer da sua atividade docente. Para tanto, foram selecionadas algumas pesquisas situadas em âmbito nacional e internacional, que apresentam como um dos referenciais, o modelo dos fatores influenciadores nas decisões didáticas do professor, proposto por Bessot et al. (2013). Os resultados obtidos a partir da análise desses estudos apontaram que as decisões didáticas estão diretamente relacionadas com as situações que o docente estabelece no decorrer da sua atividade, sejam elas determinadas antes, durante ou após o ensino de um saber, fazendo ascender alguns fatores que as fundamentam e justificam.
Este trabalho é resultado parcial de uma pesquisa em andamento sobre um caso de ensino do conjunto de números naturais no Instituto Federal de Campina Grande para alunos surdos. Segue como referencial o fenômeno da Transposição didática, mais especificamente a etapa interna que busca compreender o processo evolutivo do saber instituído pela noosfera até chegar à sala de aula. A pesquisa contou com um professor, um intérprete e dois alunos surdos e teve por objetivo averiguar quais mudanças o saber poderia sofrer no ato tradução simultânea do intérprete perante a aula do professor. Há evidências de que há uma transposição didática do saber com a presença de um intérprete de Libras numa sala de aula inclusiva e acreditamos que isso pode acarretar obstáculos no processo de aprendizagem de alunos surdos.
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