Disponível on-line no endereço www.igc.usp.br/geologiausp -3 - ResumoEste trabalho enfoca os primeiros conchostráceos (Crustacea, Spinicaudata) encontrados no afloramento São Luís (Formação Caturrita, Grupo Rosário do Sul), em Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul (29º 33' 29,09"S, 53º 26' 54"W). Vertebrados e vegetais fósseis identificados no mesmo afloramento sugerem idades conflitantes, respectivamente, final do Triássico e início do Jurássico. Pistas de dinossauros recentemente descobertas na parte superior do afloramento acirram a polêmica. Deste modo, os conchostrá-ceos constituem importantes elementos adicionais nesta discussão. Alguns compartilham muitos caracteres com Carapacestheria disgregaris (Tasch) Shen (Eosestheriidae) do Grupo Ferrar, Jurássico Inferior-Médio das Montanhas Transantárticas. Contudo, diferenças em detalhes da ornamentação levaram à proposta de um novo gênero e de uma nova espécie, Nothocarapacestheria soturnensis, e à interpretação de uma relação filogenética próxima à espécie antártica. Outros exemplares da assembleia guardam semelhança com Australestheria corneti (Marliére) Chen (Fushunograptidae) do Jurássico Médio do Zaire. Em conjunto, os conchostráceos apoiam a idade jurássica e corroboram os dados da flora de Bennettitales registrada nos mesmos níveis do afloramento. Por outro lado, a idade triássica apontada pelos tetrápodos não pode ser descartada por sua própria posição estratigráfica mais inferior no afloramento São Luís. Do mesmo modo, a presente discussão cronoestratigráfica não diz respeito às outras ocorrências da Formação Caturrita, especialmente porque há dificuldades nas correlações, tanto pela falta de suporte paleontológico, como pelos inúmeros falhamentos durante a sedimentação mesozoica na parte sul da Bacia do Paraná.Palavras-chave: Spinicaudata; Mesozoico; Grupo Rosário do Sul; Bacia do Paraná; Paleozoologia; Paleolimnologia. AbstractThis paper focus on the first conchostracans (Crustacea, Spinicaudata) found at the São Luís outcrop (Caturrita Formation, Rosário do Sul Group), in Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul State, Brazil (29º 33' 29.09"S, 53º 26' 54"W). Fossil vertebrates and plants identified at this outcrop suggest conflicting ages, respectively Late Triassic and Early Jurassic. Dinosaur tracks recently found at the upper part of the outcrop enhance these age problems. In this way, the conchostracans constitute important additional elements in this discussion. Some specimens share many characteristics with Carapacestheria disgregaris (Tasch) Shen (Eosestheriidae) of the Ferrar Group, Lower-Mid Jurassic of the Transantartic Mountains. But differences in the ornamentation details led to the proposal of a new genus and a new species, Nothocarapacestheria soturnensis, and to the interpretation of a close phylogenetic relationship with the Antarctic species. Other samples in this assemblage are similar to Australestheria corneti (Marliére) Chen (Fushunograptidae) of the Middle Jurassic from Zaire. Together, these conchostracans substantiate a Jurassic...
A classe dos mamíferos possui uma história evolutiva que remonta o final do Triássico e todo um extenso contexto norteado pelo registro fóssil incompleto que a paleontologia reuniu ao longo de anos de escavação e coleta. Os primeiros mamíferos em condições razoavelmente preservados são do Jurássico Inferior (KERMACK, MUSSETT e RIGNEY, 1973, 1981; JENKINS e PARRINGTON, 1976), cujos espécimes são minúsculos, com crânios variando de 20 a 30 mm, corpo com cerca de 150 mm e aparência semelhante aos atuais musaranhos. Os mamíferos modernos se dividem em placentários, marsupiais e monotremos, e, a despeito do escasso material fóssil, os marsupiais possuem uma história evolutiva peculiar e relações filogenéticas complexas, de maneira a trazer este grupo como foco especial deste trabalho. Provavelmente os marsupiais surgiram durante o Cretáceo Inferior na Ásia e, a partir deste momento, dispersaram-se para a América do Norte e, logo após, para a América do Sul e Australásia (SZALAY, 1994). Geralmente se aceita que os marsupiais australianos compõem um clado diferente daqueles das Américas, o que é confirmado por meio de análises moleculares recentes (AMRINE-MADSEN et al., 2003). Por muitos anos a distribuição separada dos marsupiais foi estabelecida como um enigma e, assim, foram propostas várias teorias paleobiogeográficas a fim de explicá-lo.
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