O propósito do presente ensaio é fazer uma resenha teórica acerca do processo de mudança econômica, resultante da interação das tra-jetórias tecnológicas e institucionais à luz da convergência entre as teorias evolucionária e neoinstitucional. Adicionalmente, ressalta-se o papel das mudanças tecnológicas e institucional no contexto da economia baseada em conhecimento. Essa interação ocorre por meio de complexos mecanis-mos de retroalimentação recíproca, onde o desenvolvimento tecnológico induz a mudanças institucionais que, por conseguinte, alteram o ambiente sobre o qual o processo inovativo se realiza. Embora o progresso técnico seja a principal fonte de crescimento econômico, sua maturação necessita da presença de certas qualidades de instituições, a saber, as instituições “contratuais” e as “instituições protetoras do direito de propriedade”. Portanto, estimulando a produção de novas tecnologias, os países podem obter uma trajetória econômica favorável ao crescimento, sem prescindir da presença de uma matriz institucional que permita a transformação do conhecimento em riqueza. A inovação sistêmica pode ser fomentada por instrumentos de política do governo, assim como ação de universidades e demais instituições de pesquisa, propiciando a criação de instrumentos de coordenação e compartilhamento de informações entre os agentes re-levantes e a geração e disseminação de conhecimento tácito e codificado.

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