RESUMO: Alelopatia é a capacidade que uma planta tem de inibir ou estimular a germinação ou desenvolvimento de outras espécies por meio de compostos químicos liberados no ambiente. Objetivou-se avaliar o efeito alelopático de extratos de folhas de craibeira (Tabebuia aurea) sobre a germinação da alface (Lactuca sativa), visando à utilização dessa árvore em projetos de recuperação de áreas degradadas da Caatinga. Extratos aquosos foram preparados nas concentrações de 25, 50, 75 e 100%, e caracterizados quanto ao pH. Como controle utilizou-se a água destilada (0%). Os testes foram realizados em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições de 25 sementes, sendo estas distribuídas em caixas gerbox, forradas com duas folhas de papel germitest e umedecidas com 5 mL de extrato, nas diferentes concentrações. No germinador os aquênios foram submetidos a uma temperatura de 25 ºC, usando um fotoperíodo de 12 horas. A partir de 48 horas iniciou-se a germinação. Os resultados dos testes de germinação foram submetidos à ANOVA e a comparação das médias foi feita pelo teste de Tukey (p ≤ 0.05). Para a germinação foram avaliados a porcentagem de germinação, a velocidade de germinação e o índice de velocidade de germinação. Constatou-se que os extratos de folhas frescas de Tabebuia aurea não reduziram a porcentagem de germinação, porém houve alteração no vigor. Já os extratos de folhas secas de T. aurea afetaram negativamente todas as variáveis analisadas. Os resultados indicam um efeito alelopático de T. aurea, sendo que a mesma deve ser utilizada de maneira cautelosa em projetos de recuperação de áreas degradadas.Palavras-chave: Recuperação de áreas degradadas; Craibeira; Alelopatia.
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O pau-brasil é uma espécie nativa ameaçada de extinção com potencial para uso em programas de reflorestamento, porém, há pouca informação sobre seu efeito alelopático na germinação de sementes de outras espécies. Sendo assim, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito alelopático de extratos aquosos de Paubrasilia echinata L. na germinação de sementes de alface, visando a sua utilização em programas de reflorestamento. Amostras de folhas frescas e secas foram trituradas em liquidificador, acrescentando-se, posteriormente, 400 mL de água destilada e, após 10 minutos, as soluções foram filtradas. A partir desses extratos brutos, foram feitas diluições em água destilada e obteve-se os seguintes tratamentos: 0%, 25%, 50% , 75% e 100% dos extratos de folhas frescas e secas. Foi feito o teste de germinação das sementes de alface embebidas nos extratos, seguindo as recomendações das Regras para Análise de Sementes (RAS) (BRASIL, 2009). Foi feita a contagem diária, avaliando-se o índice de velocidade de germinação (MAGUIRE, 1962), a velocidade de germinação (EDMOND; DRAPALLA, 1958 apud FERREIRA; BORGUETTI, 2004) e a porcentagem de germinação, sendo consideradas germinadas as sementes com 2 mm de comprimento de radícula. As análises estatísticas foram realizadas usando o programa GRAPHPAD PRISM. Concluiu-se que P. echinata exerce efeito alelopático na germinação de sementes de alface. O uso de P. echinata em programas de reflorestamento deve ser criterioso, com a adoção de medidas que minimizem a alelopatia em plantas circunvizinhas.
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