OBJETIVO: Descrever a ocorrência, a evolução e o desfecho de pacientes com osteomielite hematogênica aguda na faixa etária pediátrica. MÉTODOS: Estudo descritivo de 21 casos de pacientes de zero a 14 anos com diagnóstico de osteomielite hematogênica aguda, em acompanhamento no Ambulatório de Infectologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina entre 2005 e 2009. A coleta de dados ocorreu pelo levantamento de prontuários. Realizaram-se a análise descritiva e o teste de correlação de Spearman, com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foi identificada maior incidência no sexo masculino e em crianças maiores de cinco anos. Febre e dor foram os sintomas mais frequentes. Os ossos longos foram os mais acometidos. O principal agente etiológico identificado foi o Staphylococcus aureus. Em média, o tempo de sintomatologia até o diagnóstico foi de 9,7 dias, o de internação, 24,7 dias, e o total de antibioticoterapia foi de 71,7 dias. A resolução completa do quadro ocorreu em 71,4% dos casos, com permanência de sequelas em 28,6% deles, sendo a evolução para osteomielite crônica a principal delas. CONCLUSÕES: As características dos pacientes e da doença referentes a sexo, idade, etiologia e evolução mostram-se concordantes com o descrito na literatura. O tempo de tratamento foi de aproximadamente dez semanas, valor acima do habitualmente encontrado nos diferentes estudos. Não foram encontradas correlações significantes entre o tempo de sintomatologia até o diagnóstico, o tempo de internação e o tempo total de antibioticoterapia, havendo a limitação do tamanho da amostra.
OBJETIVO: Descrever um caso de síndrome de Guillain-Barré em associação temporal com a vacina influenza A (H1N1) 2009. DESCRIÇAO DO CASO: Menino de quatro anos com queixa inicial de dor em coxa direita e perda de força muscular ascendente 15 dias após a segunda dose da vacina influenza A (H1N1) 2009. Ao exame neurológico apresentava tetraparesia e arreflexia, com predomínio em membros inferiores. A eletroneuromiografia evidenciou redução da velocidade e bloqueio de condução neuronal, com discreta perda axonal secundária. Foi tratado com imunoglobulina por via intravenosa, atingiu platô no quarto dia de evolução da doença e, depois, houve melhora progressiva da força muscular. COMENTÁRIOS: Com o emprego em larga escala da vacina influenza A (H1N1) 2009 em nosso meio e os dados preliminares do sistema de vigilância norte-americano mostrando associação temporal significante com a síndrome de Guillain-Barré, recomenda-se a descrição dos casos suspeitos dessa associação. A vacina continua sendo o método mais efetivo para prevenir doença grave e morte por influenza.
Artigo submetido em 04.10.02, aceito em 03.12.02. ResumoObjetivo: descrever caso clínico de uma criança que desenvolveu septicemia por Salmonella enteritidis, sendo diagnosticada imunodeficiência primária.Descrição: paciente masculino, de um ano e nove meses, com febre e lesões de pele há 50 dias, internado com lesão perilabial ulcerada com secreção purulenta, lesão ulcerada friável em língua, lesões ulcerocrostosas em membros, pneumonia bilateral com derrame pleural e choque séptico, sendo diagnosticado Salmonella enteritidis como agente etiológico. A identificação desta bactéria direcionou a investigação para a síndrome MIM. O diagnóstico de deficiência do receptor da interleucina-12 (IL-12Rß1) foi confirmado através da dosagem de IL-12 e do interferon (IFN)-γ produzido pelas células do paciente em meio de cultura. O resultado demonstrou ausência de produção de IL-12 e do IFN-γ, mesmo após estímulo adequado.Comentários: a identificação da Salmonella enteritidis como agente etiológico de septicemia sugere uma disfunção do sistema imunológico. Foi realizada avaliação laboratorial das imunidades humoral, celular e inata. Após avaliação laboratorial direcionada para síndrome MIM, foi confirmada a deficiência do receptor da interleucina-12 (IL-12Rß1). O uso do IFN-γ é recomendado nos casos graves, assim como o tratamento de suporte e o aconselhamento genético.
Tuberculosis (TB) infection was evaluated in Brazilian immunocompetent children and adolescents exposed and unexposed (control group) to adults with active pulmonary TB. Both groups were analysed by clinical and radiological assessment, TST, QFT-IT and T-SPOT.TB. The three tests were repeated after 8 weeks in the TB-exposed group if results were initially negative. Individuals with latent tuberculosis infection (LTBI) were treated and tests were repeated after treatment. Fifty-nine TB-exposed and 42 controls were evaluated. Rate of infection was 69·5% and 9·5% for the exposed and control groups, respectively. The exposed group infection rate was 61% assessed by TST, 57·6% by T-SPOT.TB, and 59·3%, by QFT-IT. No active TB was diagnosed. Agreement between the three tests was 83·1% and 92·8% in the exposed and control groups, respectively. In the exposed group, T-SPOT.TB added four TB diagnoses [16%, 95% confidence interval (CI) 1·6-30·4] and QFT-IT added three TB diagnoses (12%, 95% CI 0-24·7) in 25 individuals with negative tuberculin skin test (TST). Risk factors associated to TB infection were contact with an adult with active TB [0-60 days: odds ratio (OR) 6·9; >60 days: OR 27·0] and sleeping in the same room as an adult with active TB (OR 5·2). In Brazilian immunocompetent children and adolescents, TST had a similar performance to interferon-gamma release assays and detected a high rate of LTBI.
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