Este artigo debate acerca da aprendizagem significativa de probabilidade no Ensino Fundamental (EF), na perspectiva do tratamento da informação. Grande parte dos professores não estudou ou não viu esses conteúdos em sua formação, como objetos a serem ensinados. Esse fato tem explicado as dificuldades pedagógicas e a abordagem contestável que adotam sobre os métodos probabilísticos, incentivando mais a aprendizagem mecânica do que significativa, em termos ausubelinos. Pretende-se saber se esses equívocos perduram, passadas mais de duas décadas da inserção desses conteúdos no currículo do EF. Em estudo de caso qualitativo, investigaram-se quinze professores da rede pública de Vicência, em Pernambuco, Brasil. Observou-se que a visão desses professores é bastante restrita aos objetos da estatística, não havendo clareza sobre o sistema de informação a ser ensinado, o que compromete a análise probabilística em problemas típicos. Isso significa que o ensino por eles promovido dificilmente facilitará a aprendizagem significativa.
Apesar das reformulações por que passou o ensino de matemática, ainda há diversas barreiras a serem superadas, a exemplo do que ocorre na difusão das ideias de circunferência e de círculo, explorando-se excessivamente o manuseio mecânico das fórmulas, sem considerar o raciocínio matemático que lhes dão sustentação. Dessa forma, investe-se na aplicação de um material de ensino, sobre a forma de oficina, na qual se reconstrói algumas ideias da base histórica desses objetos e seus cálculos, estimulando os processos cognitivos ausubelianos da diferenciação progressiva e da reconciliação integradora. A fim de caracterizar a potencialidade significativa desse material, a oficina foi aplicada em uma turma de 42 alunos do 9º ano do EF, de uma escola do município de Lagoa de Itaenga – PE/Br. Trata-se de um estudo de caso educativo, cujas respostas a um questionário diagnóstico, reaplicado como questionário avaliativo, dão conta de que parte dos alunos evoluíram conceitualmente sobre as ideias de círculo e de circunferência e sobre o processo de aquisição e aplicação das fórmulas do comprimento da circunferência e da área do círculo. Isso foi possível a partir da aplicação da oficina quando vivenciaram algumas tentativas históricas para a obtenção desses modelos, como o uso do método da exaustão arquimediano. Mediante estes dados caracteriza-se o material como potencialmente significativo.
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