Introdução: A epilepsia constitui uma das doenças neurológicas crônicas mais prevalentes no mundo, cuja manifestação mais comum no ambiente da urgência e emergência é o "Estado de mal epilético", apresentando CID-10: G41. A partir disso, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a mortalidade por essa mazela em 2020 acometeu cerca de 453 brasileiros, dos quais cerca de 20% eram da região norte do país. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos por epilepsia encontrados no estado do Pará no período entre 2011 e 2020. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, caracterizado como descritivo, sob análise quantitativa de dados secundários, extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde -DATASUS. A coleta de informações foi realizada no mês de janeiro de 2023. Tais dados foram organizados em planilhas do software computacional Microsoft Excel, sendo analisados por meio da matemática estatística descritiva. Durante a busca de dados no referido recurso informacional, foram utilizadas as variáveis faixa etária, sexo e estado. Resultados: No período analisado, foram registrados 115 óbitos por estado do mal epiléptico, na região Norte, sendo 78 casos (67,83%) ocorridos no sexo masculino e 37 (32,17%) no sexo feminino. As faixas etárias em que ocorreram o maior número de óbitos foram de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos, ambas com 15 óbitos (13,04%) cada, seguidas pela faixa etária de 1 a 4 anos, que contabilizou 14 óbitos (12,17%). O Pará foi o estado que registrou o maior número de mortes, totalizando 51 casos (44,35%). Conclusões: Em suma, a análise epidemiológica demonstra a prevalência considerável de óbitos causados por estado do mal epiléptico no estado do Pará. Colocando-se em valores proporcionais, se teria -no período analisado -cerca de, pelo menos, 7 ocorrências por ano. Diante disso, o fortalecimento da discussão acerca do tema, especialmente em unidades de Urgência e Emergência do estado, é uma medida de importância ímpar, de maneira a tornar os profissionais mais aptos, tanto no reconhecimento quanto no manejo desses episódios.Palavras-chave: Estado do mal epiléptico. Mortalidade. Epidemiologia descritiva.