RESUMO -Introdução: Déficit auditivo tem sido considerado uma das principais manifestações tardias das meningites, sobretudo quando esta ocorre nos dois primeiros anos de vida. No país, poucos são os estudos relatando a evolução de crianças acometidas por meningite e a percentagem e gravidade dos transtornos auditivos e seqüelas neurológicas após a alta hospitalar. Objetivo: Caracterizar as principais seqüelas auditivas e neurológicas, delineando o perfil do comprometimento auditivo encontrado cinco anos após a infecção do sistema nervoso central. PALAVRAS-CHAVE: meningite, crianças, prognóstico, déficit auditivo, seqüela neurológica, comunicação. Audiologic late prognosis due to meningitis in childrenABSTRACT -Introduction: Auditory deficit has been considered one of the main late manifestations of meningitis, when it occurs during the two first years of life. Few studies have been conducted in Brazil explaining the evolution of children who had meningitis and the percentage, as well the neurological gravity, the auditory problems and sequels after the children left the hospital. Objective: To characterize the main auditory and neurological correlation, delineating the profile of the auditory deficits found five years after the central nervous system infection. Method: We evaluated children between 5 and 7 years old, admitted in Couto Maia Hospital in the year of 1997, that had been diagnosed with meningitis at an age of two years or below. Results: 19 children passed through the neurological and auditory evaluation. The average age was 6 years and 68.42% were male. In relation to etiology, 52.63% pyogenic, 42.1% viral, 5.26% due to tuberculosis. Auditory alterations had occurred in 26.31% of this population. Conclusion: Auditory problems cause academic and social implications in the affected children, especially those of school age. We confirmed the necessity of audiologic following of all children with previous history of meningitis.KEY WORDS: meningitis, children, prognosis, hearing loss, neurological impairment, communication. Meningites ainda se constituem em uma ameaça para milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo nos países nos quais ainda não foram adotadas medidas sistemáticas de prevenção 1 . Bryan et al. 2,verificaram que alta incidência de meningite tem sido observada em crianças com idade inferior a dois anos, o que é considerado como um indício de pior prognóstico. No entanto, nessa faixa etária são poucos os estudos que relatam o prognóstico a longo prazo de meningite e escassas são as tentativas de quantificar o grau de recuperação do sistema nervoso após comprometimento encefálico no curso da doença. Entre as infecções do sistema nervoso central (SNC), a meningite bacteriana é uma das maiores responsáveis por seqüelas neurológicas em crianças durante a primeira infância, e se constitui na maior causa de surdez sensorioneural pós-natal adquirida 3 . Na Bahia, em estudo prévio, foi verificado que a enfermidade acomete sobretudo, indivíduos nos dois primeiros anos de vida 4 , e entre as seqüe...
Objetivo analisar o desempenho de uma população idosa no Mini Exame do Estado Mental; verificar os resultados da aplicação do Tinnitus Handicap Inventory (THI); averiguar a interferência das variáveis gênero, escolaridade e zumbido no desempenho geral no MEEM e THI; verificar possíveis relações do estado mental com o autorrelato das características psicoacústicas e escala emocional do THI. Métodos estudo clínico descritivo, exploratório, quantitativo e qualitativo em que se submeteram ao MEEM e THI, 108 voluntários, de gênero masculino e feminino, com idade entre 60 a 80 anos encaminhados da Coordenadoria de Atenção Básica de Itabaiana – SE. Para a análise dos dados foram utilizadas a distribuição percentual simples e a correlação de Spearman com p<0,05. Resultados a média de idade foi 65,63 anos. Os resultados no MEEM agruparam-se em quatro níveis de escolaridade: sem escolaridade (37,0%); ≥1 a ≤8 anos (55,6%); ≥9 a ≤11 anos (4,6%) e ≥12 anos (2,8%); a média no MEEM foi 21,7. Observou-se que 49,1% pontuaram abaixo da nota de corte, enquanto 50,9% apresentaram nota igual ou superior ao parâmetro adotado. No THI, observou-se que 59,3% apresentavam queixa de zumbido. Verificou-se que o zumbido interfere na qualidade de vida de 89,10% da população estudada. Conclusão uma parcela expressiva dos participantes apresentou alteração no MEEM. Não existiu associação significante entre gênero, escolaridade e pontuação do MEEM e THI e a maioria dos participantes desta pesquisa referiu prejuízo na qualidade de vida com associação ao zumbido. Inexistiu relação entre queixa das características psicoacústicas do zumbido e resultados exibidos pelo MEEM, todavia, os achados apontaram que a maioria da população testada autorrelataram presença de zumbido.
OBJETIVO: Analisar a prevalência de déficit auditivo e caracterizar as principais sequelas auditivas e neurológicas pós-meningite, correlacionando o tipo de antibiótico utilizado durante o período de internação e a frequência de surdez, além do tipo de meningite mais prevalente como causa de déficit auditivo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte transversal. Foram enviadas 289 cartas para os responsáveis pelas crianças que apresentaram meningite piogênica entre 28 dias e 24 meses, admitidas no Hospital Couto Maia (HC Maia) entre janeiro de 2002 a dezembro de 2003. A amostra foi constituída por 55 crianças que sobreviveram com ou sem sequelas evidentes, que compareceram para as avaliações audiológica e neurológica. Foi realizada avaliação audiológica completa, incluindo a bateria subjetiva e objetiva de avaliação, com utilização de instrumentos validados para investigação da audição da criança. RESULTADOS: A faixa etária, no momento da avaliação audiológica, variou de dois a cinco anos. A deficiência auditiva foi encontrada em 29% da amostra, sendo a maioria do tipo neurossensorial, bilateral e de grau profundo. As principais sequelas neurológicas encontradas foram epilepsia, hemiparesia, hidrocefalia, disfasia e hiperatividade. CONCLUSÃO: Os resultados destacam a necessidade de monitoramento audiológico e acompanhamento neurológico nas crianças com história prévia de meningite piogênica, especialmente aquelas infectadas em idade precoce, buscando, desta forma, detectar as possíveis alterações auditivas e intervir o mais precocemente possível, por meio de intervenção especializada, protetização e reabilitação da linguagem oral.
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