Introdução: A hiperglicemia é frequentemente associada ao aumento da morbimortalidade em Unidades de Terapia Intensiva. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do controle glicêmico em pacientes criticamente enfermos. Métodos: Estudo transversal, em que foram revisados os prontuários de pacientes internados na UTI de um hospital público terciário. Foram analisados dois subgrupos de pacientes, um com 100 indivíduos que foram a óbito e outro com 100 indivíduos que receberam alta. Resultados: A média dos níveis glicêmicos no 1º dia dos pacientes que evoluíram para óbito foi 145,6 ±61,5 mg/dL, enquanto que os da alta foi 133,2±38,9 mg/dL (p=0,046). No 7o dia de internação na UTI, a média nos pacientes que evoluíram a óbito foi de 160,6±81,4 mg/dL e os da alta foi 125,6±35,7 mg/dL (p=0,017). Episódios de hiperglicemia ocorreram em 68,2% dos pacientes que foram a óbito e em 31,8% dos pacientes que receberam alta hospitalar (p<0,001). A insulinoterapia IV e SC no subgrupo de pacientes que evoluíram a óbito foi significativamente maior (p<0,001). Foi observado que a presença de hiperglicemia por três ou mais dias foi mais comum no subgrupo de pacientes que foram a óbito. Conclusão: Os episódios de hiperglicemia e consequentemente o uso de insulina exógena foram mais frequentes no subgrupo de pacientes que evoluíram para o óbito.
RESUMOObjetivos: avaliar a prevalência de diabetes mellitus em pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva que evoluíram para óbito ou que receberam alta, assim como analisar a associação entre níveis de glicemia e o desfecho óbito em diabéticos e não diabéticos. Métodos: estudo caso-controle. População: 198 pacientes adultos admitidos em unidade de terapia intensiva que permaneceram internados por pelo menos setes dias consecutivos. Resultados: a prevalência de diabetes mellitus no subgrupo de unidade (63,6% vs. 16,2%; valor-p < 0,001). Episódios de hiperglicemia foram associados ao desfecho óbito tanto em pacientes com diabetes (OR:3,467; valor-p=0,013), como naqueles que não tinham essa condição (OR:4,148; valor-p=0,001). Hipoglicemia diabéticos (valor-p=0,111). Em ambos os grupos, diabéticos e não diabéticos, os pacientes que evoluíram com óbito apresentaram episódios hiperglicêmicos por maior número de dias do que aqueles que receberam alta (p=0,048 e p<0,001; respectivamente). Conclusão: diabetes mellitus é comum em pacientes graves que evoluem de forma desfavorável. Mas, independente desse diagnóstico, uma maior atenção deve ser dada a pacientes com desregulação da glicemia. Palavras-chave:Glicemia. Diabetes mellitus. Hiperglicemia. Hipoglicemia. Unidades de terapia intensiva. ABSTRACT Objectives:To evaluate the prevalence of diabetes mellitus in patients admitted to the intensive care unit that died or were discharged, and to analyze association between blood glucose levels and death in diabetics and non-diabetics. Methods: Casecontrol study. Population: 198 adult patients admitted to the intensive care unit and that remained hospitalized for at least seven days. Results: the subgroup of those who were discharged from this unit (63.6% vs. 16.2%; p-value <0.001). Episodes of hyperglycemia were associated with outcome death both in patients with diabetes (OR: 3.467; p-value = 0.013), and in those without this condition (OR: 4.148; p-value = 0.001). Hypoglycemia was associated with death in nondiabetic patients (OR: 3.765; p-value = 0.007). However, had hyperglycemic episodes for more days than those who were discharged (p = 0.048 and p <0.001, respectively). Conclusion: Diabetes mellitus is common in critically ill patients who evolve unfavorably. But regardless of the diagnosis, greater attention should be given to patients with deregulation of blood glucose.
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