O câncer do colo do útero (CCU) é considerado um grave problema de saúde pública no mundo sendo a terceira malignidade de maior índice de mortalidades entre as mulheres brasileiras. O exame citopatológico, mas conhecido como exame do Papanicolaou, é uma estratégia valiosa para o diagnóstico precoce do CCU, uma vez que se trata de um método com alta precisão e baixo custo. A pesquisa tem como objetivo revisar a literatura quanto os possíveis fatores que podem levar a resultados falso-negativos no exame do Papanicolaou. Foi realizada revisão integrativa nas bases de dados on-line: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDILINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Sendo selecionadas 15 artigos com publicação entre os anos de 2015 a 2020, nos idiomas inglês e português. Os principais fatores responsáveis por ocasionar resultados falso – negativos referem-se a erros ocorridos nas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica, a execução da coleta com uma amostra inadequada, é uma fase relevante que impacta na análise do esfregaço quando o profissional interpreta erroneamente os exames, geralmente em decorrência de uma coloração inadequada e uma confecção imprópria das lâminas ou ainda por prática e formação insuficiente do citologista. A qualidade do exame Papanicolaou depende do controle de qualidade dos exames citopatológicos, pois este se baseia em medidas para detectar, corrigir e reduzir erros ocasionados nas fases: pré-analítica; analítica e pós-analítica evitando, assim, os resultados falsos-negativos. Além disso, a capacitação contínua dos profissionais atuantes na área da saúde reflete diretamente na boa qualidade e confiabilidade dos exames em geral, tendo ênfase aqui, para o exame Papanicolaou.