O artigo analisa a construção das respostas políticas à Aids no Brasil. A pesquisa pautou-se pelo estudo da epidemia desde seu surgimento articulado com a história das políticas de saúde nas últimas décadas no país, dos movimentos sociais emergentes nesse período, e dos dados sobre a evolução da Aids/HIV. As fontes orais constituíram parte fundamental da pesquisa, somadas a documentos produzidos no período. O resultado revelou que a evolução das respostas oficiais à Aids, desde sua emergência política no Brasil, configurou-se em diferentes estágios e estabeleceu, com dificuldades e limites, uma forma de responder a políticas cuja característica principal está na participação da sociedade.
Resumo Este artigo analisa, em uma perspectiva biopolítica, alguns aspectos da temática ambiental na Vigilância em Saúde, mais especificamente na área de Vigilância Ambiental. Tal análise nos remete a noções de biopolítica e governamentalidade elaboradas por Michel Foucault que servem de chaves conceituais para a discussão. Para produzir a análise bibliográfica, utilizamos os principais documentos técnicos e legislações da área de Vigilância Ambiental, Vigilância Ambiental em Saúde e Vigilância em Saúde Ambiental, três denominações utilizadas para o objeto de estudo durante o seu desenvolvimento. Ao separar os documentos, efetuamos a comparação e crítica dos mesmos, atentos aos aspectos biopolíticos explícitos ou implícitos. A pesquisa é parte de uma tese de doutorado que construiu uma genealogia da área da Vigilância Ambiental. No trajeto histórico da formação da Vigilância Ambiental, aspectos biopolíticos foram se delineando na construção das ações de saúde da área. Primeiro, descrevemos brevemente a formação da área; posteriormente, realizamos uma leitura de alguns aspectos da biopolítica que parece estar implícita nas práticas de saúde que vêm caracterizando a Vigilância Ambiental, destacando uma visão das suas implicações na prática do serviço.
As práticas de cura populares foram um recurso muito procurado no primeiro período republicano paulista. Tais práticas começaram a sofrer regulamentações quando farmacêuticos envolveram-se no controle da fabricação e do comércio de medicamentos. Leis e atos normativos passaram a emergir como forma de conter homens comuns e até mesmo farmacêuticos que praticavam a cura popular. Neste misto de práticas caseiras e científicas é que os farmacêuticos começaram a ganhar espaço na saúde pública da República Velha, e acabaram se fortalecendo como classe profissional na “carona” que tomaram para combater as práticas de cura populares.
A leitura do livro de Cristiana Bastos, Ciência, poder, ação: as respostas à Sida, publicado em Lisboa em 2002, nos remete a um desafio apontado por Edgar Morin (2002), para a construção do saber na sociedade contemporânea:
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