RESUMO. Trata-se de um estudo que buscou meios para entender como lidar com a família que vivenciou a notícia de ter um recém-nascido mal-formado. A entrevista ocorreu em um hospital público de São Paulo, em novembro de 2002, utilizando-se o Modelo Calgary de Avaliação e Intervenção na Família (MCAF/MCIF). O estudo mostrou a necessidade de intervenções construídas com a família para minimizar o impacto da notícia e para favorecer espaço para expressão de sentimentos e resolução da crise. O papel do enfermeiro como membro da equipe interdisciplinar é tentar efetivar o trabalho de ajuda à família de forma precoce, quando esta vive a difícil experiência de ter uma criança especial. A intervenção visa atuar com a família a partir da detecção do problema, utilizando a escuta ativa da comunicação verbal e não-verbal na tentativa de compreensão da situação e atuar como facilitador do processo de resolutividade da crise vivenciada.Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica, família, recém-nascido, má-formação congênita.ABSTRACT. Interviewing the families of sick newborn babies as a proposal of nursing assessment and intervention. This paper is based on a study that searched ways to understand how to deal with the family who experienced the news of a sick newborn. The interview was performed in a hospital located in São Paulo, Brazil, in November of 2002 and it used the Calgary Model of Assessment and Intervention in Family (CMAF/CMIF)). This study showed the need for intervention with the family to minimize the impact of receiving the news of a sick newborn, and to provide support through a conversation for resolution of the problem. The function of the nurse is to try to perform a precocious work with the family, facing the difficult experience of having a special child. The intervention aims to help the family to solve the problem, listening to the verbal and not verbal communication, searching to understand the situation with the family.Key words: pediatric nursing, family new born, congenital malformation. IntroduçãoAtualmente percebe-se o quanto o enfermeiro tem buscado evoluir na assistência prestada ao cliente, antes centrada no cliente/paciente (único indivíduo que necessitava e que recebia cuidados advindos da equipe multidisciplinar), ampliando para a família, considerando seus membros e também quem participa do cotidiano e de sua história. É importante destacar que, quando se fala em família, hoje entende-se que não inclui somente os membros co-sanguíneos (Neman, 2000).Apesar de vários estudos indicarem que a enfermagem na família existe desde os tempos pré-históricos, se fizéssemos uma retrospectiva na história iríamos perceber que, com a criação e com a supervalorização dos hospitais, o tratamento das doenças e o cuidado ao cliente passaram a ser desenvolvidos dentro desses centros e, com isso, a família foi afastada de tudo o que envolvia tratamento, recuperação e cura do cliente (Wright e Leahey, 2002).No decorrer dos séculos XVIII e XIX, durante a Repressão e a Segunda Guerra Mundial, houve uma transição do...
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