ResumoO objetivo deste artigo é problematizar as principais contradições do modelo de desenvolvimento brasileiro, o "neodesenvolvimentismo", enfocando a relação ambiente/saúde e suas principais manifestações no contexto atual. Advoga-se que em nome da sustentabilidade econômica promove-se uma insustentabilidade socioambiental, com fortes rebatimentos sobre a saúde da população. Pretende-se desvelar as contradições que se põem na atual conjuntura e a ideologia que lhe dá suporte, a qual manifesta o próprio modo de ser burguês.
Resumo A mercantilização da água expressa de maneira inequívoca o agravamento das desigualdades sociais no campo, resultando no aumento dos conflitos que envolvem a posse, a propriedade e os usos da água pelas populações rurais. Este artigo tem como objetivo refletir sobre os conflitos por água na região do Nordeste brasileiro, problematizando-os à luz de suas determinações estruturais: a expansão do agronegócio e seus impactos sobre as populações do campo. Este resulta de uma ampla pesquisa bibliográfica, realizada em nível de doutorado, além da análise de documentos institucionais que versam sobre a temática. Assim, apreende-se que o acirramento dos conflitos por água na região está vinculado à apropriação privada da terra, estabelecendo-se o confronto entre classes e frações das classes fundamentais: de um lado, o agronegócio e de outro campo: ribeirinhos, quilombolas, pescadores(as), indígenas e pequenos agricultores, as quais estabelecem seu metabolismo social (FOSTER, 2005) em estreita dependência dos recursos naturais.
Este texto tem como objetivo oferecer um conjunto de problematizações acerca do "consumo consciente". Trata-se de um ensaio de natureza bibliográfica cuja tese central consiste em afirmar que, sob a prevalência do mundo mercantil, não se institui, de fato, o consumo consciente como afirmação do princípio da sustentabilidade socioambiental. Procura-se revelar o caráter ideológico desta formulação, que associa o consumismo e a possibilidade de sua superação apenas à necessidade de mudanças comportamentais sem que se explicitem suas dimensões socioeconômicas e sua funcionalidade como mecanismo de reprodução da lógica destrutiva do capital.
O presente artigo traz problematizações acerca do conceito de “economia verde”, conforme vem sendo divulgado e incentivado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Propõe-se a analisar os fundamentos deste conceito e desta estratégia de reorientação do desenvolvimento capitalista em pleno período de exponenciação de sua longa crise estrutural. Metodologicamente explora e analisa documentos e textos relacionados à temática. Destaca a anarquia da produção capitalista para desvelar sua incompatibilidade com uma dinâmica sustentável. Conclui que é a economia verde uma ofensiva ideológica do capital, na sua busca de encontrar mecanismos de exacerbação das potencialidades lucrativas de exploração do meio ambiente, mercantilizando ao extremo os recursos naturais.
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