Introdução: Feridas neoplásicas malignas (FNM), também denominadas de lesões oncológicas, tumorais ou fungoides, ocorrem pela infiltração das células malignas do tumor nas estruturas da pele. Objetivo: Construir e validar um questionário para avaliar o conhecimento do enfermeiro especialista em Oncologia sobre o cuidado com o paciente portador de FNM. Método: Estudo transversal, com abordagem quantitativa, dividido em duas etapas. A etapa 1 consiste na elaboração do questionário e a etapa 2 compreende a validação. Resultados: Todos os 11 especialistas convidados aceitaram participar do estudo, sendo realizada a classificação segundo critérios propostos no processo de elaboração e validação, mostrando pontuação média de 11. Entre os especialistas, 18,18% eram estomaterapeutas, 18,18% mestres, 54,55% doutores e 9,09% pós-doutores. Foi elaborado um questionário contendo 18 questões de múltipla escolha com quatro opções de respostas abrangendo os seguintes temas: incidência, definição, processo de oncogênese e FNM, características e sintomatologia, estadiamento, tratamento e intervenções de enfermagem, intervenções básicas e específicas no manejo da FNM, proteção da pele periferida e especificidade da FNM comparada a feridas de outras etiologias. A validação foi realizada por meio do índice de concordância entre os avaliadores usando o coeficiente de Kendall, com resultado geral igual a 0,0941, indicando um bom grau de concordância. Conclusão: O presente estudo contribui para a área de Enfermagem Oncológica tanto no que tange às instituições de ensino que possuem o programa de pós-graduação em Oncologia como às instituições de saúde com o intuito de direcionar o desenvolvimento de programas de educação permanente.
Introdução: Os avanços no tratamento relacionado ao câncer onco-hematológico têm resultado em um crescente número de pacientes submetidos ao transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) com êxito terapêutico, o que exige maior atenção com a qualidade de vida (QV) dos sobreviventes. Objetivo: Identificar a QV dos sobreviventes onco-hematológicos submetidos ao TCTH. Método: Revisão integrativa, entre 2011 a 2021, com busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE, IBECS, SciELO e Biblioteca Cochrane. Utilizou-se a estratégia SPIDER para responder às questões norteadoras; e o nível de evidência foi classificado segundo o Instituto Joanna Briggs. Resultados: Vinte e seis artigos foram incluídos. Os instrumentos mais utilizados para medir a QV foram o Quality of Life Questionnare – Core 30 e o Functional Assessment Cancer Therapy-Bone Marrow Transplantation. Variáveis biopsicossociais, educacionais e clínicas, como comorbidades, antecedentes, condições epidemiológicas e tipo de condicionamento não influenciaram significativamente a QV dos sobreviventes onco-hematológico submetidos ao TCTH. A QV apresentou comprometimento na vigência de problemas físicos crônicos, reinternações, encargos financeiros, doença do enxerto contra o hospedeiro, fadiga, sintomas psicológicos, infecções recorrentes, disfunções no funcionamento sexual e fértil, neoplasias secundárias e sintomas físicos como dor e distúrbios do sono. Conclusão: O sobrevivente do TCTH mantém demandas de cuidados biopsicossociais que influenciam negativamente a QV, evidenciando a necessidade de cuidado multidimensional.
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