O autorrecrutamento ocupacional não é um aspeto de somenos importância em Sociologia. Antes é fulcral à explicação de processos centrais da teoria sociológica, como sejam os da mobilidade e reprodução sociais, os do classismo e elitismo modernos, os do fechamento e protecionismo socioeconómicos, e os da seleção e especialização educativa e ocupacional. Contudo, a Sociologia não dispõe hoje, a seu respeito, de mais que fragmentos teóricos e utilidades empíricas desgarradas, faltando uma verdadeira teoria do fenómeno. Este trabalho identifica, revê e organiza os contributos da Sociologia e da Economia para uma teoria do autorrecrutamento ocupacional, sistematizando os principais racionais que foram sendo propostos desde os anos 30 do século passado para a sua explicação.
Resumo: O processo de profissionalização militar possui uma dimensão política que tem sido essencialmente interpretada como o caminho através do qual as Forças Armadas se passam a abster paulatinamente do envolvimento político à medida que encarnam o modelo e a ideologia do profissionalismo. Trata-se de uma questão de natural (mas não exclusivo) cunho quantitativo, que implica a análise tanto da participação como da ingerência, isto é, tanto de envolvimentos políticos onde ocorre como onde não ocorre a observância das regras dos regimes políticos vigentes. Este estudo analisa a dimensão quantitativa da profissionalização política militar portuguesa centrando-se na participação. Nele visou-se pela
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