A cozinha mineira é reconhecida como elemento identitário das populações que habitavam e habitam as Minas Gerais. Há elementos norteadores comuns que fizeram parte do processo de povoamento e de formação social da região, entretanto também houve espaço para novas incorporações. Este artigo pretende analisar a formação das freguesias do campo de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII e o papel destas localidades na produção e no comércio de alimentos. Visa também identificar os produtos que circulavam na região por meio da análise de documentação produzida pela Câmara de Vila Rica. A produção de muitos víveres em quintais e pomares, como hortaliças, frutos diversos e criação de porcos e galinhas, proporcionou o que atualmente tem se destacado como comida mineira: uma combinação de vegetais, carnes, cereais e laticínios. É essa a combinação do trivial e costumeiro, mas também das épocas festivas.Palavras-chave: Comida mineira, freguesias do campo, Vila Rica de Ouro Preto.
Este artigo tem como objetivo analisar como três distritos de Ouro Preto – Cachoeira do Campo, Glaura e São Bartolomeu – foram retratados nos diários dos viajantes estrangeiros que visitaram a região no século XIX e avaliar as continuidades dos aspectos relatados no tocante ao patrimônio. A literatura de viagem é uma importante fonte histórica que possibilita a análise da estrutura social, dos aspectos naturais e do patrimônio das localidades. Todos os viajantes em seus diários deram destaque à formação urbana dos locais onde passavam com o arruamento em torno das igrejas. Isso permitiu também vislumbrar manifestações intangíveis que ainda fazem parte da memória afetiva de suas populações e são importantes registros do patrimônio das localidades, como as festas dos santos padroeiros e os festivais que ainda ocorrem no entorno das antigas igrejas. Buscou-se interpretar o patrimônio das localidades e foi possível identificar que a herança cultural dos três distritos, que foi retratada nos diários de viagens, é permeada de elementos materiais e elementos simbólicos que são inseparáveis e ainda resistem.Palavras-chave: literatura de viagem; patrimônio cultural; memória; distritos de Ouro Preto; Minas Gerais.This article aims to analyze how three districts of Ouro Preto – Cachoeira do Campo, Glaura and São Bartolomeu – were portrayed in the diaries of foreign travelers who visited the region in the 19th century and to assess the continuities of the aspects related to heritage. Travel literature is an important historical source that enables the analysis of the social structure, natural aspects and heritage of localities. All travelers in their diaries highlighted the urban formation of the places they passed, with the streets around the churches. This also allowed glimpses of intangible manifestations that are still part of the affective memory of their populations and are important records of the heritage of the locations, such as the feasts of patron saints and festivals that still take place around the old churches. We sought to interpret the heritage of the localities and it was possible to identify that the cultural heritage of the three districts, which was portrayed in the travel diaries, is permeated by material and symbolic elements that are inseparable and still resist.Keywords: travel literature; cultural heritage; memory; districts of Ouro Preto; Minas Gerais.
RESUMOO texto tem como objetivo discutir o processo de construção da cidade histórica como principal destino do turismo cultural em Minas Gerais, por meio da análise dos relatos dos viajantes estrangeiros que visitaram tais localidades ao longo do século XIX e escreveram sobre elementos caros para o turismo como, por exemplo, a hospitalidade mineira. Num segundo momento, analisará o discurso dos modernistas que redescobriram as cidades e se interessaram pela preservação do patrimônio, o que também despertou o interesse turístico. Trata-se de uma abordagem histórica do processo, utilizando principalmente a narrativa proposta por Walter Benjamin. O discurso em torno da cidade histórica mineira produziu diferentes impressões. As assim denominadas foram consideradas decadentes e feias por alguns dos viajantes estrangeiros, no século XIX. Já os vários modernistas que visitaram Minas Gerais nas primeiras décadas do século XX viram as cidades como o reduto da nacionalidade, como legítimas exemplares da brasilidade e legítimas representantes de um passado colonial.
Esse artigo pretende analisar a estruturação dos ofícios mecânicos em Portugal e sua transplantação para o mundo minerador do início do século XVIII. Esses ofícios eram extremamente necessários no novo ambiente construtor que apareceu nas lavras da América Portuguesa e foram adaptados ao contexto social local. Almeja também tecer algumas considerações sobre a própria natureza desses ofícios, o contexto do mecenato minerador e a organização dos artistas e dos artífices na região aurífera da Capitania das Minas, além de apontar a trajetória de dois artistas do Barroco mineiro, cujas obras são muito importantes, entretanto são ainda praticamente desconhecidos.
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