Resumo: Introdução: Atualmente, a maioria das pessoas está inserida num contexto sócio-histórico de negação da morte, incluindo médicos que lidam com o morrer diariamente que se consideram despreparados perante a morte de um paciente. O desconforto desses profissionais nesse processo de morte deve-se em parte à deficiência da formação ocorrida durante a graduação. Objetivo: Este estudo teve como objetivos analisar a opinião dos alunos de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) acerca da abordagem referente à morte e ao morrer durante a graduação, verificar a importância disso na formação médica e descrever esse tema por meio da perspectiva dos estudantes. Também se objetifica identificar aspectos que influenciam a percepção dos graduandos acerca do tema. Método: É um estudo exploratório, de corte transversal, com metodologia quantitativa, realizado entre agosto de 2020 e julho de 2021. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários on-line, com amostra de 365 sujeitos, após aceite e marcação no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, enviados aos alunos por e-mail. Para análise, adotou-se o software Epi-Info, em que se utilizaram frequências relativas e absolutas para descrever as variáveis qualitativas e medidas de posição e dispersão para descrever variáveis quantitativas. Para verificação de relações, foi utilizado o teste de qui-quadrado, considerando um nível de significância de 5%. O estudo seguiu todos os preceitos da Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa e teve aprovação do Comitê de Ética da FPS - Parecer nº 4.228.016. Resultado: A maioria dos alunos associa angústia, medo e tristeza ao processo de morte e concorda que a discussão desse processo na graduação impacta o exercício da medicina e o bem-estar psicossocial do médico. Os estudantes concordam que a abordagem do processo de morte aconteceu em raros momentos durante a graduação e julgam necessária a inclusão de mais disciplinas que tratem do tema. Conclusão: A discussão acerca do processo de morte e morrer durante a graduação em Medicina é necessária, e recomenda-se a inserção de módulos que abordem o tema no curso da FPS, a fim de contribuir para a compreensão dos estudantes acerca desse processo e o preparo psicológico deles para lidar com a morte no exercício da profissão.
Introduction: Currently, most people are inserted in a sociohistorical context of denial of death, including physicians who deal with dying daily who consider themselves unprepared in the face of the death of a patient. The discomfort of these professionals in the face of the death process is due in part to the lack of the training that occurred during graduation. Objective: This study aimed to analyze the opinion of medical students at the Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) about teaching and perceptions on death and dying during graduation, verify the importance in medical education and describe this approach through the students’ perspective. It is also objective to find aspects that influence the belief of undergraduates about the theme. Method: This is an exploratory cross-sectional study with quantitative method, conducted between August 2020 and July 2021. Data collection was carried out through online questionnaires, with a sample of 365 subjects, after acceptance and marking on the free and informed consent form, sent to students by e-mail. For analysis, epi-info software was used using relative and absolute frequencies to describe qualitative variables and position and dispersion measures to describe quantitative variables. The chi-square test was used to verify the chi-square test, considering a significance level of 5%. The study followed all the precepts of Resolution nº 510/2016 of the National Council of Ethics in Research and received approval from the ethics committee of the college under opinion number 4,228,016. Result: Most students associate anguish, fear, and sadness with the process of death and agree that the discussion of this process in graduation impacts on the practice of medicine and on the psychosocial well-being of the physician. The students agree that the approach to the death process happened in rare moments during graduation and consider it necessary to include more disciplines that address it. Conclusion: The discussion about the process of death and dying process during medical graduation is necessary, and the insertion of modules that approach it is recommended in the medical course of FPS to contribute to the students’ understanding of this process and in the psychological preparation of these students to deal with death in the exercise of the profession.
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