Resumo:A partir do século II AEC, autores romanos começaram a escrever uma série de obras que tinham as origens e os rituais da religio romana como tema central. No século I AEC, um processo de criação e de estruturação de discursos religiosos pode ser percebido com clareza. Esses discursos delimitavam e ressignificavam conceitualmente os espaços, as práticas e as instituições religiosas romanas. Nosso interesse se volta aqui para o poema De rerum natura, do epicurista Lucrécio (94/93-51/50 AEC), como um dos principais esforços de abstração e sistematização das ações e instituições religiosas romanas num momento de grandes mudanças sociais e políticas. Analisamos o controverso proêmio do L. I do poema lucreciano, perguntando qual o lugar e a função da prece a Vênus nesta obra que realiza uma crítica filosófica às formas tradicionais da religio romana.Riassunto: Dal Secondo Secolo a. C., gli autori romani cominciarono a scrivere una serie di opere che avevano la religio romana, le sue origini e i suoi rituali come tema centrale. Già nel Primo Secolo a.C. questo processo di creazione, di strutturazione di discorsi religiosi può essere inteso con chiarezza. I discorsi limitavano e ponevano nuovi significati concettuali agli spazi, alle pratiche e alle istituzioni religiose romane. Il nostro interesse è rivolto verso il poema De rerum natura, dell´epicureo Lucrezio (94/93-51/50 a.C.), inteso come uno dei principali sforzi di astrazione e sistematizzazione delle azioni e istituzioni religiose romane in un momento di grandi cambiamenti sociali e politici. Abbiamo analizzato il controverso proemio di L. I del poema lucreziano, chiedendoci quale è il luogo, quale la funzione della preghiera a Venere in questa opera che realizza una serrata critica filosofica alle forme tradizionali della religio romana.
No presente artigo, interrogamos a respeito das condições de recepção e modalidades de performance dos Lucretii poemata em meados do século I AEC. Propomos que os versos de Lucrécio teriam sido declamados principalmente nas sodalitates de banquetes das domus em Roma e uillae itálicas. Sendo assim, tratamos de enquadrá-los nos limites da poesia “convivial” e interrogamos acerca da autoridade político-social do poeta romano advinda dos carmina. Buscamos, nas seções do De rerum natura, os indícios ou marcas discursivas que apontassem para o desempenho ou aporte recitativo dos versos em contextos públicos, tais quais rituais e cerimônias cívico-religiosas. Contudo, detivemo-nos, sobretudo, nas alusões pertinentes ao ambiente ‘semi-público’ dos conuiuia dos banquetes, promovidos nas dependências de membros da elite romana de fins da República.
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