A hemocromatose hereditária (HH) é uma desordem autossômica recessiva causada principalmente pela mutação do gene HFE. Caracteriza-se por uma desregulação na absorção intestinal de ferro, predispondo ao depósito excessivo do metal em diversos órgãos, sobretudo no coração. É uma causa grave de insuficiência cardíaca (IC), que acomete cerca de 15% dos pacientes sintomáticos, sendo mais comum a manifestação em homens entre a quarta e quinta década de vida. O presente estudo teve como objetivo atualizar aspectos fisiopatológicos, clínicos e terapêuticos da cardiomiopatia decorrente da sobrecarga de ferro na hemocromatose hereditária, através de uma revisão narrativa de literatura, por meio de uma pesquisa de cunho exploratório nas bases de dados LILACS, SciELO e PubMed. Foram selecionados artigos originais publicados entre os anos de 2015 e 2020, nos idiomas inglês e português. A cardiomiopatia por sobrecarga de ferro é causada, principalmente, pelo estresse oxidativo decorrente do acúmulo de ferro livre (NTBI) no meio intracelular, sendo os canais de cálcio voltagem-dependentes do tipo L a principal via de entrada. Além do dano oxidativo, o acúmulo de ferro causa fibrose no miocárdio que, progressivamente, leva a um quadro de disfunção diastólica e dilatação de ventrículos, além de arritmias. A investigação diagnóstica deve ser realizada em todo paciente portador de IC, através da dosagem de ferritina sérica e saturação da transferrina, além da pesquisa de mutação do gene HFE. O ecocardiograma é o principal método de avaliação do depósito de ferro no coração. O tratamento é feito, principalmente com a depleção do excesso de ferro através de flebotomias e quelantes. Bloqueadores de canais de cálcio vem sendo estudados como opção de tratamento. Conclui-se que ainda são necessárias pesquisas sobre os benefícios e redução da mortalidade a médio e longo prazo com o uso dessas medicações no tratamento de IC por sobrecarga de ferro.
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Objetivo: O auxílio dos métodos de imagem para diagnóstico de patologias linfonodais tem mostrado suma importância na avaliação e conduta médica, uma vez que nem todas as estruturas conseguem ser avaliadas clinicamente. O presente estudo realizou uma revisão de diversos artigos e livros, demonstrando a utilidade e as características dos principais métodos de imagem utilizados na avaliação dos linfonodos cervicais.Metodologia: Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura especializada, a qual realizou-se uma consulta por artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados da SciELO, PubMed, EBSCO, Elsevier, New England Journal of Medicine, Biblioteca Virtual em Saúde e Ministério da Saúde. A pesquisa dos artigos foi realizada em março de 2019. Os critérios de inclusão foram: publicação em jornais indexados e período de publicação entre 1999 e 2019, foram selecionados para revisão 18 artigos e livros, nacionais e internacionais. Resultados e Discussão: A recente classificação para linfonodos cervicais dividiu os linfonodos palpáveis em grupos, determinados pelos cortes da Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM), sendo amplamente utilizada. Para seu uso na ultrassonografia (USG), foi proposta uma abordagem diferente, primeiramente localizando-se determinadas estruturas anatômicas para que estas possam então, serem utilizadas como referências para identificar os linfonodos superficiais que lá se encontram. Os linfonodos serão avaliados em número, dimensão e forma, dentre outras características, em busca de alterações patológicas. Devido à alta disponibilidade e possibilidade de ser combinada a punção ou biópsia, a USG torna-se um método significativo na avaliação linfonodal. Com ela, é possível diferenciar a natureza benigna ou maligna de um linfonodo, além de auxiliar na decisão de punção. Entretanto, alguns linfonodos não podem ser observados com esse dispositivo, como os faciais, o que o torna irrelevante para análise dos linfonodos profundos. O auxílio do Doppler na USG é fundamental, mas não é rotina da prática clínica, sendo importante em casos de dúvida em relação à escala de cinza. Já a TC e a RM são importantes por serem capazes de mostrar as alterações com alta resolução, além de permitirem informações funcionais e distingui-los de outras estruturas normais, tais como músculos e glândulas salivares. Quanto à avaliação metastática, existem divergências entre a TC com contraste e a RM como exame de primeira linha, já que a primeira tem maior acessibilidade e a segunda possui boa acurácia para diagnóstico.Conclusão: A caracterização linfonodal por métodos de imagem faz-se fundamental à medida em que permitem a diferenciação entre linfonodos benignos e malignos, auxiliando na confirmação diagnóstica e na tomada da melhor conduta, evitando muitas vezes procedimentos desnecessários.
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