RESUMO No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), público e universal, oferece ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. A atenção primária à saúde (APS) é a porta preferencial de acesso dos indivíduos ao SUS e tem como papel coordenar e ordenar as ações e os serviços de saúde disponibilizados na rede. No âmbito da APS, as ações de alimentação e nutrição devem estar alinhadas às diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e podem ser potencializadas a partir de ações de vigilância alimentar e nutricional. Dados de sistemas de informação disponíveis em todas as unidades básicas de saúde e em inquéritos populacionais indicam que mais da metade da população adulta no Brasil apresenta excesso de peso e que o consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando. Essa situação exige que as equipes de saúde se organizem de forma a priorizar ações para indivíduos com agravos crônicos com base em estratificação de risco, estabilização da condição e potencialização do autocuidado apoiado, com foco em alimentação e atividade física. Ao mesmo tempo, dependendo do perfil epidemiológico, as equipes devem empreender ações de combate à desnutrição, prevenção da anemia e hipovitaminose A, considerando a múltipla carga da má nutrição no país. O presente artigo tem como objetivo apresentar o panorama atual das ações de alimentação e nutrição implementadas no âmbito da APS no SUS.
O aprimoramento da agenda de alimentação e nutrição (A&N) é essencial para fortalecer os atributos da Atenção Primária à Saúde (APS). Este trabalho analisa as experiências de A&N inscritas no Prêmio APS Forte, apontando potencialidades, desafios e perspectivas futuras. Foram avaliadas 40 experiências, que foram categorizadas quanto às diretrizes da PNAN e aos atributos da APS. A maioria das ações ocorreu nas unidades de saúde com foco no sobrepeso/obesidade por meio de abordagem coletiva. As principais diretrizes fortalecidas foram a vigilância alimentar e nutricional (VAN) e a promoção da alimentação adequada e saudável. Predominaram os atributos de orientação comunitária, acesso de 1º contato e longitudinalidade. Percebeu-se que os profissionais reconhecem o problema da obesidade, entretanto, a maioria das intervenções tem como foco apenas ações de educação em saúde, sendo a obesidade um tema que demanda fortalecimento de todos os atributos da APS e articulação intersetorial, principalmente entre saúde, educação, assistência social e agricultura familiar.
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