Determinar os fatores associados à complexidade alta da farmacoterapia em pacientes com doença arterial coronariana. Métodos: Realizou-se um estudo transversal em um ambulatório multiprofissional de cardiologia na Atenção Secundária do Sistema Único de Saúde, de onde foram coletadas características sociodemográficas (idade, sexo e escolaridade), clínicas (número de condições de saúde, diagnósticos cardiovasculares e comorbidades) e farmacoterápicas (adesão, polifarmácia e polifarmácia cardiovascular). Essas características foram relacionadas com a complexidade da farmacoterapia, mensurada por meio do Índice de Complexidade da Farmacoterapia. A classificação em complexidade alta da farmacoterapia foi realizada empregando a normatização para idosos e a estratificação para pacientes adultos, sugeridas na literatura. Resultados: A complexidade da farmacoterapia total dos 148 pacientes apresentou mediana igual a 17,0 (amplitude interquartílica de 10,5). Na análise univariada, os fatores associados à complexidade alta foram insuficiência cardíaca, diabetes mellitus, hipertensão arterial, cinco ou mais doenças e não adesão. No modelo final, após regressão logística, houve associação estatisticamente significante (p<0,05) com as variáveis diabetes mellitus, hipertensão arterial e não adesão. Conclusão: A complexidade alta da farmacoterapia em pacientes com doença arterial coronariana foi associada à presença de diabetes mellitus, hipertensão arterial e relato de não adesão a medicamentos Descritores: Polimedicação; Uso de medicamentos; Doença da artéria coronariana; Adesão à medicação; Doenças cardiovasculares
Objetivo: compreender a experiência de cuidadores familiares no cuidado de idosos com demência em ambiente domiciliar. Métodos: foi realizada uma busca sistemática por estudos qualitativos e análise temática para sintetizar os resultados. Resultados: foram incluídos nove estudos. Emergiram quatro temas analíticos: Reconhecendo a demência e desvendando o cuidar; “Você está sozinha”; Limitações e desconhecimentos no cuidar com demência; “É um último recurso (colocação em instituição de longa permanência)”. A perda de autonomia dos idosos gerou sentimentos de luto e solidão. O conhecimento limitado sobre demência suscitou em um cuidado inábil. Os cuidados temporários eram percebidos como uma solução frente à necessidade de ajuda, porém, a institucionalização foi abordada como uma última alternativa. Conclusão: os resultados obtidos são importantes para fornecer subsídio para a criação de políticas públicas mais humanizadas que considerem a integralidade no cuidado, auxiliar profissionais de saúde na prestação de cuidados aos idosos com demência e sua família.
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