Neste artigo, apresento tensões e diálogos na interface entre a Educação Ambiental (EA) e o Ensino de Ciências (ECB) e seus desdobramentos na escola, problematizando tradições curriculares que limitam e hierarquizam as interações entre os dois campos. Identifico características epistemológicas e curriculares de uma EA escolar que reúne um conjunto de práticas e conhecimentos sui generis e, a partir de experiências na pesquisa e na extensão, ressalto a necessidade de novas interlocuções teórico-metodológicas para aprofundar o diálogo entre a EA e o ECB e buscar novas perspectivas de análise. Trago o enfoque Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) do Ensino de Ciências para propor uma Educação Ambiental/científica e uma formação docente críticas, potencializadas pela extensão universitária.
A partir da narrativa de vivências em escolas municipais de SP, Ivone, uma professora de Ciências iniciante, se valeu da descrição de episódios cotidianos para ilustrar suas principais angústias profissionais, produzidas pelas recorrentes manifestações de machismo e racismo que presenciou na escola. Para a professora, estas situações funcionam como combustível para a análise e revisão de seu próprio percurso formativo. Através delas pôde reconhecer a responsabilidade do ensino de Ciência no enfretamento de questões de gênero e étnico raciais. Este artigo expõe e analisa os relatos de Ivone, a partir de uma perspectiva crítica sobre o ensino de Ciências e tendo em vista as possibilidades de ação docente.
Este texto é derivado de uma pesquisa que teve como objetivo investigar produções curriculares desenvolvidas em e a partir de visitas escolares ao Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio). Inicialmente discutimos a dimensão educativa dos museus de ciência para abordar a pedagogia museal. Em seguida, tecemos considerações sobre a noção de currículo museal. Localizamos essa discussão no âmbito do AquaRio a partir dos dados empíricos produzidos – por meio de uma investigação do site da instituição e da realização de entrevistas com professores – e analisados a partir da análise temática. Argumentamos que os sentidos valorizados nas exposições do AquaRio – embasadas nas Ciências da Natureza e na Educação Ambiental – podem ser ressignificados em cada mediação e em desdobramentos posteriores pelos praticantespensantes dos currículos escolares.
Apresentamos os resultados de uma pesquisa sobre a inserção da Educação Ambiental (EA) crítica em duas escolas públicas municipais do Rio de Janeiro, mediada por um projeto de extensão universitária. Nosso objetivo foi identificar limites e possibilidades da inserção da vertente crítica da Educação Ambiental na educação básica. Grupos focais foram realizados com professores que participaram do projeto. Os docentes entrevistados na pesquisa reconhecem a relevância da Educação Ambiental na escola e procuram adequar suas práticas a diferentes contextos sócio educativos. Considerando três macrotendências da Educação Ambiental (conservacionista, pragmática e crítica), julgamos que, ao ser recontextualizada na escola, a EA apresenta uma mescla de concepções, mobilizadas de acordo com diversas demandas escolares. Apostamos no potencial da extensão para o fortalecimento da EA crítica na escola, na promoção de diálogos e troca de saberes entre os sujeitos das instituições envolvidas e na busca da superação das realidades socioambientais.
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