A principal doença da goiaba (Psidium guajava L.), após a colheita, é a antracnose, causada por Glomerella cingulata e Colletotrichum gloeosporioides. Estes patógenos e o resíduo de fungicidas em frutos são considerados os principais problemas para a exportaçãodesta fruta. Neste trabalho, foi avaliado o efeito fungitóxico de extratos, decoctos e óleos essenciais de plantas medicinais e aromáticas, no crescimento micelial dos patógenos, in vitro, recomendados como alternativa para o controle químico em pós-colheita. Os extratos aquosos a 10% e os decoctos (subprodutos da hidrodestilação) foram adicionados em BDA, autoclavados e distribuídos em placas de Petri. Os óleos essenciais foram adicionados em três pontos eqüidistantes nas placas de Petri contendo BDA. Discos dos isolados foram repicados para o centro das placas de Petri. O efeito fungitóxico foi avaliado medindo-se o diâmetro das colônias, quando na testemunha ou em qualquer tratamento os patógenos atingiram a borda da placa. O extrato aquoso e o óleo essencial de cravo-da-Índia inibiram em 100% o crescimento de G. cingulata e C. gloeosporioides, sendo este último totalmente inibido pelo óleo essencial de capim-limão. Os decoctos de alecrim, gengibre, calêndula e laranja (Citrus sinensis) apresentaram potencial de inibição sobre os isolados dos patógenos. No controle de C. gloeosporioides, destacaram-se também os decoctos de marcela, camomila e tagetes. A inibição total ou parcial do crescimento micelial de Glomerella cingulata e Colletotrichum gloeosporioides, in vitro, evidenciou a existência de compostos biologicamente ativos, com efeito fungitóxico nos extratos, decoctos e óleos essenciais de plantas medicinais e aromáticas. Isto indica uma aplicação potencial destes produtos no controle alternativo da antracnose em frutos de goiabeira.
A podridão parda (Monilinia fructicola) causa danos relevantes nos pessegueiros (Prunus persicae) apesar das práticas de profilaxia e produtos químicos utilizados em pré e pós-colheita. O controle biológico vem sendo pesquisado como alternativa, e neste trabalho foram selecionados microrganismos antagônicos ao patógeno e avaliada a eficiência destes antagônicos, de fungicidas (iminoctadine tris albesilate e azoxystrobin) e de fosfitos (CaB e K) no controle da doença em pós-colheita. No laboratório, o antagonismo de fungos filamentosos obtidos de pêssegos da região da Lapa, PR, foi avaliado utilizando dois métodos: culturas pareadas e difusão de metabólitos por membrana. Em pós-colheita, dois ensaios foram realizados utilizando frutos da safra 1997 e 1999. Cada fruto foi imerso nas suspensões preparadas com os produtos químicos e com os fungos antagônicos e, em seguida, inoculado com o patógeno por aspersão. Avaliou-se a incidência da doença em ferimentos provocados e fora deles. Os fungos que mostraram produção de substâncias inibitórias foram Trichothecium spp. (isolados F1, F2 e F4), e Trichoderma spp. (F8 e F12) e, com crescimento sobre o patógeno foram Trichoderma spp. (F7, F8 e F12) e Penicillium sp (F9). Nos frutos, os antagonistas que exerceram maior controle da doença foram os isolados de Trichothecium spp. (F1 e F2), acima de 80% de controle, não diferindo estatisticamente dos fungicidas testados, iminoctadine e azoxystrobin. O fosfito de K proporcionou um controle superior a 85% de lesões latentes em ambos experimentos.
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