Daniela de Figueiredo Ribeiro INTRODUÇÃOA literatura aponta que a relação família e escola é um tema ainda necessita de estudos. A relação entre ambas as instituições é fundamental para a formação psicossocial da criança e do adolescente. Apesar de diversos autores (RIBEIRO 2004; DESSEN E POLONIA 2007; ABRAMOWICZ 2013; CORTELLA 2014; VIDOTTI, 2017) apontarem que a participação da família na educação é de suma importância, percebe-se ainda, que a presença da violência, estigmas, preconceitos, ausência de vínculo e de relação tornam essa aproximação distante.Neste sentido Dove, Zorotovich e Gregg ( 2018) concebem a relação família e escola mensurando o sentimento de conectividade e adesão das famílias a escola e o nível de envolvimento e participação na comunidade escolar. Para os autores pensar em comunidade escolar é incluir os familiares, professores, administradores e políticas escolares, que corresponde a um sistema que influencia a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças na escola.A relação família-escola também foi abordada por Dessen e Polonia (2007), apontando que o vínculo entre ambas implica no desenvolvimento social e cognitivo, bem como contribuem para o sucesso escolar do aluno. A pesquisa caracterizou o contexto familiar e escolar como espaços afetivos para a aprendizagem e o desenvolvimento humano e que há uma diferença entre as duas instituições, sendo a escola responsável pelo processo de ensino e aprendizagem e a família pelo processo de socialização, as condições básicas de sobrevivência e o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo. Assim como Dove, Zorotovich e Gregg (2018), os autores reconheceram a relação família e escola como uma possibilidade de apoio e transformação.Para Cortella (2014) o contexto escolar e familiar está misturado atualmente, não há um limiar que posicione a função de cada instituição. A ideia de cooperação como valor na relação família e escola é uma perspectiva de construção de pessoas, ou seja, está além da formação aluno, ela passa por uma formação cidadã apoiada pelas duas instituições fundamentais na vida das crianças e adolescentes. Além disso, ressalta-se que os valores transmitidos nas escolas e nas famílias são diversos e responsáveis pela formação de cidadãos, por isso, ambas devem coexistir sem gerar um ciclo de
A automutilação é uma agressão autoinfligida, intencional, não suicida e não aceita socialmente. Sua incidência sempre crescente, principalmente entre os jovens, indica que esta prática não é provocada apenas por fatores individuais, sendo necessário investigar se existem fatores que provocam sofrimento coletivo e favorecem o comportamento. O objetivo do estudo foi explorar a influência de fatores presentes na contemporaneidade relacionados à incidência da automutilação em adolescentes. Como método, utilizou-se a revisão integrativa da literatura, pesquisando-se em quatro bases de dados. Dos resultados, oito estudos foram incluídos. Compreendeu-se que a contemporaneidade é permeada de um mal-estar que acomete os indivíduos. Na adolescência, percebe-se a solidão e o desamparo como interferências à simbolização e à elaboração da dor emocional. Logo, a autolesão torna-se expressão do sofrimento e do mal-estar que inundam os sujeitos. Simultaneamente, as redes sociais tornam-se interlocutoras do sofrimento, contribuindo para o contágio da prática.
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