RESUMO: O artigo analisa a implementação do Projeto de Docência Compartilhada em duas escolas cicladas municipais de Porto Alegre/RS, destacando seus limites e possibilidades. O estudo inscreve-se na perspectiva dos Estudos Culturais, a partir das noções de diferença e inclusão, para pensar um currículo e propostas pedagógicas em que o outro seja visibilizado e posicionado como sujeito que aprende. O material empírico abrange registro de reuniões pedagógicas das referidas escolas, observações em salas de aula e análise de produção textual de alunos. A investigação possibilita constatar que o projeto em questão, embora em fase de implementação, apresenta-se produtivo no que tange: ao exercício compartilhado da docência nesta modalidade; à desnaturalização das diferenças entre os alunos; à concretização de aprendizagens cognitivas e sociais, buscando respeitar os tempos e as possibilidades desses alunos; e, ainda, à paulatina adequação do currículo às exigências desse projeto inclusivo. Palavras-chave: Práticas de Inclusão. Docência Compartilhada. Constituição do sujeito Aluno. Práticas Curriculares.
Editorial de homenagem à professora titular da Faculdade de Educação (Graduação e Pós-Graduação) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Dra. Clarice Salete Traversini. O texto foi constituído a partir de seu Memorial, apresentado durante o Processo Avaliativo para Promoção à Professora Titular da Carreira do Magistério Superior, junto ao Departamento de Ensino e Currículo da Faculdade de Educação da UFRGS, em 2021.
ResumoO presente estudo buscou analisar uma experiência metodológica no ensino de História, a partir do processo de intervenção compartilhada numa sala de aula inclusiva, desenvolvida numa Escola Municipal de Porto Alegre, RS, organizada por Ciclos de Formação, na qual a turma do 1º ano do 3º ciclo investigada integrou o Projeto Docência Compartilhada. Tal projeto foi desenvolvido contemplando o planejamento didático-pedagógico e a docência em sala de aula de forma conjunta por duas professoras -uma professora licenciada em História e outra em Pedagogia. Entre os desdobramentos signi cativos deste estudo, apontou-se a intervenção compartilhada como uma experiência metodológica para o ensino de História. Desta experiência decorreram: um inventário com os registros escritos pelas professoraspesquisadoras e a leitura dos mesmos pelas professoras-regentes; as reuniões de discussão dos escritos e dos encaminhamentos. Percebeu-se que a partir da intervenção compartilhada, como uma experiência metodológica no ensino de História, os alunos com necessidades educativas especiais apresentaram um tempo e um modo peculiar de se apropriarem dos conhecimentos, assim como os demais alunos sentiram-se interpelados por esse modo singular de aprender. Também se constatou que as professoras-regentes transmutaram-se em protagonistas de práticas pedagógicas ressigni cadas, enquanto as professoras-pesquisadoras tornaram-se aprendizes de uma postura investigativa denominada, nesse contexto, de intervenção compartilhada.
EDUCAÇÃO BÁSICA: O NECESSÁRIO RESGATE DE SUA IDENTIDADE O trabalho trata de implicações das Políticas de Inclusão no cotidiano escolar. Políticas que levaram à escola alunos mais velhos, multirepetentes, oriundos de classes especiais, da antiga FEBEM, meninos de rua, alunos pobres na sua maioria. Destaca as particularidades dessa população e as dificuldades que instituições vêm sentindo para atendê-la. Tal população está exigindo da escola revisão de seus objetivos e funções. Está exigindo que processos culturais, referidos por Elias a partir de Freud, de humanização, de civilização, lhes sejam proporcionados antes de se ocuparem dos saberes escolares - processos que lhes foram negados por suas famílias e pelo estado. Saberes escolares, invenções modernas, que precisam ser revistos para adequá-los a alunos que irão viver quando adultos em um mundo diferente daquele de seus pais e professores. Refiro-me às crianças des realizadas e às hiper realizadas de Narodowski, aos jovens alienígenas de Green e Bigun, assim como à geração.@, os jovens dos chats, do orkut, da internet. Questões como: que saberes, que conhecimentos, que habilidades, precisam alunos, ao final do Ensino Fundamental, do Ensino Médio - para serem bem informados, bem formados, competentes, sociais, felizes – deveriam nortear a re organização curricular das escolas, para que tais instituições passem a ter significado para estudantes, portadores de diferentes culturas, com diferentes anseios e necessidades. Os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, prioritariamente, precisam definir sua identidade, deixando de ser apenas uma preparação para o vestibular, para o Ensino Superior. As crianças e os jovens precisam encontrar na escola respostas para sua vida presente, para preocupações próprias de suas culturas que vêm sendo negadas pela escola. Instituição que precisa assumir que acessar, relacionar e interpretar informações deverá suplantar a preocupação de acumular saberes - em face da impossibilidade de abarcar a totalidade de conhecimentos disponíveis no atual momento histórico. E, ainda, precisam hoje ser assumidas pela instituição, aonde as novas gerações vêm passando numerosos anos de sua infância, adolescência e juventude, funções até minimizadas. Refiro-me ao papel a ser assumidos pelos professores tanto do Ensino Fundamental como do Médio, de condutores, de especialistas em adolescentes e jovens, assim como os professores de crianças são, ou deveriam ser, especialistas em infância. Para tal é preciso que os Cursos de Licenciatura levem em conta tais exigências na formação dos novos professores e que processos de formação continuada se ocupem de tais dimensões. Palavras-chaves: inclusão – humanização - conhecimento escolar
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