Dentifrícios são formulações bem estudadas, encontradas em forma de creme/pasta ou gel para higienização dos dentes. Recentemente, têm sido lançadas, no mercado de produtos de higiene oral, as pastilhas dentais (‘dental tablets’) para serem utilizadas na escovação, no lugar dos dentifrícios tradicionais. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão narrativa da literatura sobre as pastilhas dentais e identificar os produtos disponíveis para compras online, em lojas brasileiras, analisando qualitativamente as informações fornecidas pelos fabricantes. Dois autores fizeram buscas independentes, com os termos ‘pastilhas dentais’ e ‘dental tablets’, na aba de compras das plataformas Google e Amazon Brasil, no período de 25 de julho a 01 de agosto de 2022. Para a revisão da literatura, foi realizada uma busca nas bases de dados Medline/PubMed e Embase, com as palavras chave: “dentifrício”, “pastilha dental”. O corte temporal realizado foi de 2000 a 2022. Foram encontradas 10 opções de produtos, com preços variando de R$0,25 a R$3,00 por pastilha. Apenas dois deles continham sais fluoretados. Na descrição dos fabricantes, foram ressaltados aspectos como sustentabilidade, praticidade e a classificação como ‘vegano’ ou ‘natural’. Na busca da literatura, apenas dois artigos foram encontrados sobre as pastilhas dentais para escovação (nenhum estudo clínico). Apesar de estarem à disposição do consumidor para compra online, o custo dessas pastilhas dentais é consideravelmente maior e são necessários mais estudos antes que o dentista possa prescrevê-las como alternativa aos dentifrícios tradicionais.
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), tabagismo e desgastes dentais. Uma revisão narrativa foi conduzida, realizando-se uma busca eletrônica na literatura, através da plataforma PubMed/Medline. Foram incluídos estudos transversais, de coorte e caso-controle realizados em adultos, abordando, pelo menos, dois dos três temas foco da pesquisa. Estudos em animais, relatos de caso, revisões da literatura, capítulos de livros, cartas, comentários, editoriais e estudos in vitro foram excluídos. Não houve restrições com relação ao idioma e à data de publicação. A pesquisa resultou em 523 artigos, sendo que 46 deles atendiam aos critérios de inclusão. Participaram dos estudos selecionados um total de 156.843 pessoas distribuídas em 20 países. A maior parte dos artigos encontrou uma associação significativa entre o tabagismo e a ocorrência de DRGE, o que pode ser explicado por mecanismos envolvendo o relaxamento do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), a redução da secreção salivar e o aumento do tempo de esvaziamento gástrico. Além disso, indivíduos com DRGE podem sofrer com episódios de redução do pH na cavidade oral, promovendo a degradação das estruturas dentais, processo que pode ser exacerbado pelo impacto direto do tabagismo. Os resultados deste estudo sugerem que há uma relação positiva entre DRGE, tabagismo e desgastes dentais. No entanto, mais estudos prospectivos avaliando a interação destes três fatores são necessários para corroborar esses achados.
Introdução: As estomatites e dermatites de contato causadas por dentifrícios podem ser relacionadas a diferentes componentes presentes nas formulações, manifestando-se imediatamente após ou depois de certo tempo de uso do produto. O objetivo deste estudo foi relatar casos de reações de contato provocadas pelo uso de um dentifrício, além de realizar uma revisão da literatura sobre o tema para esclarecer os achados clínicos apresentados. Metodologia: Relato de casos e revisão da literatura sobre os principais ingredientes relacionados aos quadros descritos. Para a análise dos componentes da formulação com potencial para causar as reações, foram selecionados 25 artigos para leitura completa. Relato de casos / Resultados: Dois pacientes apresentaram-se com lesões intrabucais após a utilização, por curto período de tempo, de um mesmo tipo de dentifrício. A suspeita foi de reação de contato causada pelo produto e a intervenção adotada foi a suspensão do uso. A resolução completa do quadro aconteceu em poucos dias. Após a revisão da literatura, verificou-se que os flavorizantes (cinnamal), detergentes aniônicos (lauril sulfato de sódio), o hexametafosfato de sódio (agente antitártaro) e o estanho são os principais componentes da formulação com potencial para causar as reações apresentadas pelos pacientes. Conclusão: Dentistas e médicos devem conhecer os ingredientes dos dentifrícios que podem estar associados a estomatites e dermatites de contato, para que possam fazer o diagnóstico e a substituição do produto, sem que haja comprometimento do benefício terapêutico necessário.
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