Resumo: Integrada no ciclo narrativo Das Sinngedicht (1881) do escritor suíço Gottfried Keller, a novela Don Correa traça, de modo romanesco, uma biografia amorosa de Salvador Correia de Sá e Benevides (1602 -1681), célebre herói português das Guerras da Restauração do Brasil e da Reconquista de Angola aos Holandeses.Após salientar o ambiente teatral e fantasmagórico em que decorre o primeiro episódio da novela, consubstanciado na paixão funesta do protagonista por uma misteriosa fidalga alentejana e na transformação final do apaixonado amante em cruel justiceiro, a análise incide no enredo amoroso de final feliz entre D.Correia e a escrava africana Zambo, passado no vasto espaço do império colonial português seiscentista.Quanto a este segundo episódio, procura-se pôr em relevo não só a idealização da personagem histórica e o seu significativo envolvimento no mito de Pigmalião e Galateia, mas também a reserva crítica que transparece da elaborada construção ficcional kelleriana em relação ao discurso colonialista dominante na época.
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A presente correspondência michaëliana constitui um exemplo da chamada “correspondência erudita”, que com a criação e desenvolvimento do correio postal se tornou especialmente frequente entre cientistas dos vários ramos de saber na segunda metade de século XIX e no século XX. Trata-se neste caso de uma troca epistolar no âmbito da história da literatura portuguesa, a qual, partindo da vida e obra do escritor Francisco Rodrigues Lobo, abre novas perspetivas não só quanto à época literária seiscentista na Península Ibérica, mas também em relação ao perfil humano, familiar, cultural e científico dos dois correspondentes e respetivo contexto sociopolítico, cultural e literário português nas primeiras décadas do século XX.</p> <p>O epistolário aqui coligido entre uma filóloga e um médico epidemiologista, ambos celebridades a nível nacional e internacional, destaca-se ainda pelo seu caráter intercultural, revelando-se como precioso testemunho das afinidades existentes entre as Humanidades e as chamadas Ciências Exatas.
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