Introdução: O racismo institucional se caracteriza por qualquer ação de discriminação racial praticada dentro de instituições, como a omissão de informação ou atendimento, fortalecimento de estereótipos racistas, comportamentos de desconfiança, de desrespeito e desvalorização da pessoa negra. Objetivo: Analisar a prática de racismo institucional no serviço de saúde público e/ou privado a partir da percepção dos usuários negros acerca do atendimento recebido. Material e Método: Estudo de abordagem quantitativa,realizado a partir de questionário fechado, construído via google forms, e veiculado na rede social Facebook. A coleta de dados ocorreu entre setembro e novembro de 2019, sob os critérios: ser negro, idade superior a18 anos e vivência de racismo nos serviços de saúde público e/ou privado. Participaram33 pessoas neste estudo: 28 pessoas se autodeclararam pretas e 5 pardas. Resultados: Dentre os principais achados, estão que 63,6% referiram ter sofrido racismo em serviços públicos de saúde; 51,5% relataram que a discriminação ocorreu no consultório médico, e 21,9% durante a triagemou na sala de medicação. Do total, 93,9% acreditam que a discriminação foi ocasionada por serem negros. Conclusão: Os usuários identificam o racismo durante a assistência em saúde recebida, e que a violência pode distanciá-los dos cuidados, principalmente de promoção e prevenção. Faz-se necessário efetivar a assistência em saúde à luz da Política Nacional de Saúde da População Negra. Palavras chave: Percepção, Discriminação, Iniquidade em saúde, Racismo, Acesso aos serviços de saúde ABSTRACTIntroduction: Institutional racism is characterized by any action of racial discrimination practiced within institutions, such as information or care omission, strengthening of racist stereotypes, behaviors of distrust, disrespect and devaluation of the black person. Objective: To analyze the practice ofinstitutional racism in the public and/or private health service from the perception of black users about the care received. Material and Method: Quantitative approach study, conducted from a closed questionnaire, built via google forms, and carried on the social network Facebook. Data collectionoccurred between September and November 2019, under the criteria: being black, aged over 18 years and experiencing racism in public and/or private health services. Thirty-three people participated in this study: 28 people declared themselves black and 5 brown. Results: Among the main findingsare that 63.6% reported having suffered racism in public health services; 51.5% reported that discrimination occurred in the doctor’s office, and 21.9% during screening or in the medication room. Of the total, 93.9% believe that discrimination was started because they were black. Conclusion:Users identify racism when receiving health care, and that violence can distance them from care, especially promotion and prevention. It is necessary to affect health care in the light of the National Health Policy of the Black Population.Keywords: Perception, Discrimination, Health inequities,Racism, Access to health services
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