resumo objetivo: Investigar a duração de sono na adolescência em diferentes níveis socioeconô-micos. método: Foram investigados 863 adolescentes de 10 a 19 anos em duas escolas de São Paulo, SP, Brasil. As coletas foram realizadas por meio de questionários para identificação de informações sobre os hábitos de sono e nível socioeconômico. resultados: A duração média de sono nos dias da semana foi de 8,83(1,87) horas e a prevalência de adolescentes com duração de sono de oito ou menos horas diárias foi de 39,0% nos dias com aula. Adolescentes da classe baixa apresentaram menor duração do sono (p = 0,043). Na análise ajustada, a idade, o nível socioeconômico e o hábito de tirar a sesta foram os principais fatores associados a poucas horas de sono. Os participantes de 18 a 19 anos apresentaram maior prevalência de poucas horas de sono em comparação aos de 10 a 11 anos (PR = 4,78; CI95%: 1,98-11,53), assim como os adolescentes da classe alta em comparação com a classe baixa (PR = 1,48; CI95%: 1,20-1,83). conclusão: Os resultados mostraram associações entre o nível socioeconômico e os hábitos de sono de adolescentes. (RP = 4.78;, as well as for upper class adolescents when compared to those with lower socioeconomic status. conclusion: Results showed the association between socioeconomic status and adolescents' sleep/wake habits.
The aim of this study was to investigate the duration of sleep and associated factors in working and non-working students. Data IntroduçãoUm grande número de adolescentes com duração do sono aquém de suas necessidades, especialmente nos grandes centros urbanos, tem sido identificado 1,2,3 . A redução de sono na adolescência está associada tanto a fatores maturacionais 4 como socioambientais 5 . Fatores como os horários escolares 6 , hábitos alimentares inadequados 2 , comportamentos sedentários como o baixo nível de atividade física e grande tempo em frente à TV e computador 7 e, especialmente a inserção no mundo do trabalho 8 , contribuem para que a duração do sono na adolescência seja reduzida.Em pesquisa nacional no Brasil 9 foi verificada uma importante redução no percentual de crianças e adolescentes que trabalhavam na última década. Apesar disso, 10,8% dos jovens de 5 a 17 anos apresentam algum tipo de ocupação (30,5% com carga horária de trabalho de, pelo menos, 40 horas semanais), o que corresponde a 4,8 milhões de pessoas. A situação socioeconômica é uma das principais causas desse fenômeno, sendo que as famílias com baixa renda são as que apresentam um maior número de jovens trabalhando. O trabalho na infância e adolescência é associado ao abandono da escola e mesmo a não inserção nela, consumo de drogas e dificuldades de aprendizagem. Além disso, os adolescentes têm mais chances de se envolverem em situações de risco no trabalho do que os adultos 10,11,12 .ARTIGO ARTICLE Pereira EF et al. 976Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(5):975-984, mai, 2011
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