O patágio é uma fina membrana ligeiramente vascularizada e possui um ligamento que corre ao longo da extremidade cranial onde juntamente com as penas do local produz uma elevação aerodinâmica auxiliando o voo, Ferimentos nesta região impossibilitam o voo, sendo necessário o emprego de medidas terapêuticas de recuperação da habilidade de voo. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de tratamento conservativo com fisioterapia em lesão de patágio. Foi atendido um exemplar de Rupornis magnirostris no setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia com lesão em patágio associado a fratura de coracoide secundário a trauma provocado por projétil balístico. Foram realizadas radiografias, imobilização e iniciado fisioterapia com recuperação da capacidade de voo.
Traumatismos e intoxicações constituem afecções que facilmente colocam em risco a vida dos animais, sendo ocorrências comuns à rotina veterinária emergencial. Rapinantes frequentemente chegam à clínicas e hospitais, em decorrência dessas situações, apresentando sinais neurológicos centrais e periféricos, como depressão do estado de consciência, ataxia, convulsão, anisocoria, paresia e paralisia de membros. Assim, o conhecimento prático à cerca da abordagem emergencial em aves é indispensável na Clínica de Animais Selvagens. Objetivou-se descrever um atendimento emergencial a exemplar selvagem de Tyto furcata em estado de choque. O paciente, de sexo indeterminado e 0,308kg, chegou ao Ambulatório de Animais Selvagens da Universidade Federal de Uberlândia apresentando prostração, incoordenação e respiração dificultosa. Em breve exame físico, constatou-se estado de consciência deprimido evidenciado por decúbito esternal e asas caídas, ataxia, anisocoria, dispneia, temperatura retal 36,3°C, bradicardia, bradipneia, escore corporal 2,5-5, mucosas normocoradas e ressecadas, tempo de preenchimento da veia ulnar >2 segundos, nível de desidratação >10% e glicemia 132mg/dL. Com base nesses achados, diagnosticou-se choque hipovolêmico. Iniciou-se abordagem ABCDE, a fim de se restabelecer a hemodinâmica do paciente. Imediatamente instituiu-se oxigenoterapia via máscara, suporte térmico e administração de Glicose 50% (0,5mL/kg) via oral (VO). Procedeu-se com canulação da veia ulnar e realização de ressuscitação volêmica na taxa de 60mL/kg/hora, totalizando 18mL de Ringer Lactato em uma hora. Adicionalmente, administrou-se Manitol (1mL/kg) intravenoso (IV) em bolus lento de 10 minutos, e Furosemida (2mg/kg) intramuscular (IM), frente à possibilidade de aumento de pressão intracraniana causando sinais nervosos centrais. Administrou-se Bionew (0,2mL/kg) e N acetilcisteína (3mg/kg) IV, como adjuvantes. Após manobra de ressuscitação volêmica, o TPC se restabeleceu em <2'' e foi possível estimar a pressão arterial sistólica (PAS), com Doppler vascular, em 220mmHg. Nesse momento, as pupilas apresentaram-se simétricas, glicemia em 198mg/dL e temperatura retal 38,6°C (∆T=3,2). Apesar da PAS satisfatória, o paciente permaneceu bradicárdico e bradipnéico, além de arrítmico. Administrou-se Lidocaína (1mg/kg) IV e Atropina (0,04mg/kg), sendo metade da dose IM e metade IV, como antiarrítmicos. Em seguida, o paciente saiu de decúbito e tornouse progressivamente responsivo a estímulos. Foram coletadas fezes para exame direto em microscopia óptica, onde observou-se extensa proliferação de protozoários e bactérias, evidenciando oportunismo parasitário. Com o paciente alerta e em estação, instituiu-se antibioticoterapia com Benzoilmetronidazol (50mg/kg) SID, e Sulfametoxazol+trimetoprima (100mg/kg) BID, VO, por 10 dias. Complementou-se o protocolo terapêutico com fluidoterapia de manutenção, utilizando Ringer Lactato (50mL/kg) e Bionew (0,2mL/kg SID) por 48 horas, Meloxicam IM (0,5mg/kg SID) por 3 dias e suporte nutricional com Patê para gatos d...
O splay leg é um desvio lateral de pernas de etiologia multifatorial. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de tratamento conservativo com fisioterapia de constrição de membros pélvicos associado a splay leg em um filhote de psitaciforme. Foi atendido no setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da UFU um exemplar jovem da espécie Psittacara leucophthalmus com lesões ulceradas em membros pélvicos e na asa esquerda e splay leg acentuado. Foram realizadas radiografias, e iniciado fisioterapia com tratamento das feridas ulceradas, que perdurou por 45 dias, sendo possível obter melhora clínica do quadro.
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