Perfis geofísicos, descrições de amostras de calha e de testemunhos de sondagem de poços perfurados para extração de água subterrânea possibilitaram identificar e correlacionar as diferentes unidades hidroestratigráficas e avaliar o potencial hídrico do Sistema Aqüífero Bauru, no Estado de São Paulo. Foram identificados os aqüíferos Caiuá, Santo Anastácio, Birigüi, Adamantina e Marília, e os aqüitardos Pirapozinho e Araçatuba. As unidades aqüíferas foram diferenciadas, em termos de isólitas de permeabilidade aparente relativa, em muito permeáveis e moderadamente permeáveis. Os mapas de isólitas refletem, diretamente, as regiões hidraulicamente mais favoráveis à produção de água. Isólitas de arenito de elevada permeabilidade aparente do Aqüífero Caiuá indicaram melhor potencial hídrico na região sudoeste de ocorrência do Grupo Bauru, o mesmo sucedendo com o Aqüífero Santo Anastácio. No Aqüífero Birigüi, as zonas com melhor potencial hídrico concentraram-se em faixa alongada na porção central de sua área de ocorrência. Para o Aqüífero Adamantina, as isólitas de moderada a elevada permeabilidade aparente mostraram zonas de maior potencial hídrico distribuídas em faixas paralelas, a sul e a norte do Rio Tietê. Para o Aqüífero Marília, os perfis de resistividade analisados refletem, principalmente, a intensa cimentação carbonática das litologias, dificultando a distinção entre arenitos de elevada e de moderada permeabilidade aparente. O Sistema Aqüífero Bauru possui reserva permanente de água estimada em pouco mais de 1.600 km³, distribuída pelos aqüíferos Caiuá (150 km³), Santo Anastácio (560 km³), Birigüi (15 km³), Adamantina (810 km³) e Marília (80 km³).
Resumo Estudos geológicos e hidrogeológicos de subsuperfície, realizados com perfis geofísicos de poços profundos, permitiram delinear o arcabouço geológico e caracterizar as várias hidrofácies do Sistema Aqüí fero Guarani (SAG), no município de Ribeirão Preto. O SAG, materializado pelas formações Pirambóia e Botucatu, assentase sobre substrato praticamente impermeável, constituído por rochas pelíticas da Formação Corumbataí, cujo comportamento hidrodinâmico regional é de um aqüiclude; na maior parte da área, o SAG está recoberto por vulcânicas básicas da Formação Serra Geral. As formações Pirambóia e Botucatu exibem padrões geofísicos característicos que permitem excelente correlação entre poços, e suas variações faciológicas atestam a complexidade estratigráfica do SAG. Somente um dos poços estudados atravessou toda seqüência mesozóica, razão pela qual não foi possível a análise de variabilidade da espessura da Formação Pirambóia. No caso da Formação Botucatu, a preservação do relevo de dunas pelas lavas e as depressões resultantes de erosão eólica pronunciada são responsáveis pelas variações de espessura. Tal situação evidencia a inadequabilidade de utilização do contato entre as formações Botucatu e Serra Geral como datum para análises estruturais. A confi guração do mapa de contorno estrutural da discordância existente no topo da Formação Pirambóia, considerada um bom marco local, confirmou a existência de área estruturalmente rebaixada na porção centro-sudoeste do município. Esta depressão, denominada Depressão de Ribeirão Preto em trabalhos anteriores, apresenta cai mento para sudoeste e desnível de mais de 100 metros em cerca de 15 km. Três hidrofácies-A (inferior), B (mediana) e C (superior)-foram identificadas no Aqüífero Pirambóia, sendo que a superior e a inferior apre sentam características, em perfis, indicativas de permeabilidade reduzida, enquanto a intermediária apresenta características de elevada permoporosidade. O Aqüífero Botucatu comporta uma única hidrofácies (D), com características indicativas de elevada permoporosidade em perfis.
Recebido em 25/06/2004, aceito em 11/07/2005 RESUMO A exploração de água subterrânea no município de Rio Claro ocorre predominantemente no aqüífero Itararé que, além de se situar a profundidades superiores a 150 m, possui baixa produtividade. Devido a esses fatores e ao aumento da necessidade de abastecimento na região, diversas indústrias vêm explorando água do aqüífero Rio Claro, representado pelos arenitos cenozóicos da Formação Rio Claro, cujo potencial e características hidráulicas são pouco conhecidas. Este estudo objetivou avaliar a condutividade hidráulica, utilizando-se de três poços de monitoramento localizados na Unesp-Campus de Rio Claro. Na porção saturada, as condutividades hidráulicas foram determinadas através dos métodos de Hazen e Shepherd, utilizando análises granulométricas, ensaios com permeâmetro Guelph e testes de Slug, estes últimos utilizando as formulações de Hvorslev e Bouwer e Rice. Todos os valores obtidos situam-se entre 10-2 e 10-4 cm/s, conferindo ao Aqüífero Rio Claro excelente permo-porosidade. Palavras chave: condutividade hidráulica, Formação Rio Claro, análise granulométrica, permeâmetro Guelph, testes de Slug.
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