O objetivo do presente estudo foi estabelecer a incidência de alterações odontológicas de equinos mestiços que vivem sob regime semiextensivo em uma propriedade na cidade de São João do Ivaí, Paraná. Foram avaliados 20 equinos, sem raça definida, com idade entre 3 e 20 anos, de ambos os sexos, pesando em média 450 kg, criados em um sistema semiextensivo na fazenda Vida Nova em São João do Ivaí, Estado do Paraná. Os animais foram devidamente contidos, e com o auxílio de um espéculo oral de equinos, os mesmos foram avaliados por meio de inspeção visual e palpação interna da cavidade oral. O exame odontológico apresentou resultados importantes quanto as alterações dentárias sendo que cerca de 90% (18/20) dos animais apresentaram pontas excessiva de esmalte e ondas nas arcadas dentárias superior e inferior, 25% (5/20) de ganchos, e 5% (1/20) apresentaram ausência de 2º pré-molar da arcada inferior esquerda (306), crescimento excessivo, rampa ou fratura de dente incisivo na arcada superior direita (201) e diastema fisiológico entre quarto pré-molar e primeiro molar. Diante dos resultados apresentados, conclui-se que a odontologia equina faz-se necessária na rotina clínica de equinos com o intuito de minimizar estas alterações odontológicas que no início de sua formação podem até não trazerem grandes prejuízos, mas, na medida em que forem se desenvolvendo, poderão acarretar lesões sérias de cavidade oral, comprometer no desempenho atlético, apresentarem distúrbios nutricionais e metabólicos, dificuldades no adestramento dos cavalos e até mesmo apresentarem quadros recorrentes de desconforto abdominal agudo.

Estudos sobre parasitos de peixes ornamentais têm se tornado muito importantes frente ao crescimento da aquariofilia no Brasil. A alta rentabilidade da atividade fez com que praticamente todas as cidades brasileiras possuem comércio destes organismos. Aliado aos interesses sanitários para com os peixes ornamentais sabe-se que a aquariofilia também é responsável pela introdução de peixes e parasitos exóticos à uma região. Este trabalho analisou a prevalência de endoparasitos e ectoparasitos nas espécies de peixes ornamentais de grande comercialização na cidade de Maringá, Paraná. Foram coletados, entre março e junho de 2018, em estabelecimentos especializados em aquariofilia 30 espécimes de Poecilia reticulata, Poecilia sphenops e Xiphophorus maculatus. Foram selecionados três comércios na zona central da cidade onde foi possível a coleta logo após a soltura dos animais nos aquários de armazenamento. Foram encontrados os protozoários Ichthyophthirius multifiliis (4,44%), Trichodina  nobilis (13,33%) e Epistylis sp. (1,11%), o monogenético Gyrodactylus sp. (1,11%) e o nematoide Camallanus cotti (2,22%). O manejo sanitário estabelecido incorretamente nas regiões onde acontece a criação destes peixes ornamentais, pode justificar a presença de parasitos nos peixes coletados em Maringá, já que estas espécies de parasitos ainda não haviam sido descritas na cidade, e porque estes peixes foram adquiridos horas após sua chegada nas lojas. Desta forma, observa-se a importância das pesquisas voltadas a essa área afim de subsidiar o controle e vetar a disseminação de parasitos. O manejo sanitário adequado mostra-se fundamental para evitar danos aos peixes e os prejuízos econômicos aos comerciantes, consumidores e meio ambiente.