Baseando-se em interpretações paleoambientais utilizando dados geoquímicos, os mármores e as rochas calcissilicáticas do Vale do Jacurici, centro-norte da Bahia, demonstraram estar associados a um paleoambiente de deposição marinho raso Paleoproterozoico. Essas rochas encontram-se deformadas, metassomatizadas e metamorfizadas em condições de anfibolito alto a granulito. São intruditas pelo Sienito de Itiúba e pelo Complexo Máfico-ultramáfico Vale do Jacurici, mineralizado em cromita, relação que sugere idade mínima paleoproterozoica para a sucessão. Os estudos realizados em testemunhos de sondagem permitiram a caracterização de mármores, diopsiditos e rochas calcissilicáticas granulitizadas. São identificadas assinaturas marinhas preservadas em padrões de elementos terras-raras (ETR + Y), bem como anomalias negativas de Ce, positivas de Y e Gd e relações Y/Ho próximas aos valores da água do mar (60–168) nos mármores. Foram constatados padrões de contaminação crustal que indicam componentes provenientes de input terrígeno, resultando em relações positivas Zr versus Hf, enriquecimento relativo de metais traços, ΣETR + Y e razões Pr/Yb[SN], padrões Y/Ho (< 30) e anomalias menos acentuadas, sobretudo nas rochas calcissilicáticas. A presença de magnitudes variáveis de anomalias positivas de Eu pode refletir contribuição de assinaturas das águas dos mares arqueanos residuais e influência de fluidos magmáticos tardios. A ocorrência de valores anômalos de P2O5 nos mármores (1,38 e 4,56%) e diopsiditos (2,07 e 2,3%) relacionada às razões Y/Ho (parâmetro de contaminação detrítica na bacia) sugere assinaturas de zonas limítrofes entre contribuição terrígena e marinha, bem como evidencia controle estratigráfico preservado nas concentrações de fósforo. Esses dados indicam um paleoambiente influenciado por eventos climáticos globais favoráveis à fosfogênese, envolvendo alta disponibilidade de oxigênio, cenário semelhante aos registros em bacias paleoproterozoicas mineralizadas em fosfato sedimentar,
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