A vacina contra o HPV foi introduzida no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil em 2014. Apesar dos esforços do Ministério da Saúde para aumentar as coberturas vacinais, o número de adolescentes vacinados não é satisfatório. Esse estudo teve como objetivo sintetizar as evidências científicas sobre os motivos que levam os pais e responsáveis a recusarem vacinar as crianças e os adolescentes contra o HPV. A metodologia empregada se deu por meio de uma Revisão de Escopo. Para a construção das etapas metodológicas, foram respeitados os critérios da Joanna Briggs Institute e o PRISMA-SCR. Realizou-se a pesquisa em seis bases de dados eletrônicos, no Portal de Periódicos da CAPES. Os dados extraídos foram analisados ​​e sintetizados na forma narrativa. Um total de 8535 registros, foi recuperado 23 estudos que foram mantidos para revisão. Das publicações, tiveram abordagem quantitativa (52,17%), qualitativa (43,48%) e mista (4,35%). Dos achados surgiram quatro categorias: segurança da vacina e medo dos eventos adversos; idade precoce e vacina contra doença sexualmente transmissível; influência cultural e religiosa; e desconhecimento e fake news. Este estudo permitiu investigar e aprofundar os conhecimentos acerca dos motivos que influenciam a tomada de decisão dos pais em relação à vacinação contra o HPV.