OBJETIVO Avaliar a prevalência e os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis em pessoas no início da terapia antirretroviral no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. MÉTODOS Foi realizado um corte seccional de um estudo de coorte prospectivo, com pessoas vivendo com HIV, sem tratamento prévio da infecção, em início da terapia antirretroviral, maiores de 16 anos e em acompanhamento em serviços de assistência especializada em HIV/aids de Belo Horizonte. Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, laboratoriais e relacionados ao tratamento farmacológico foram obtidos por meio de entrevistas, coleta em prontuários clínicos e nos sistemas de informação de controle de medicamentos antirretrovirais e exames laboratoriais. A variável dependente foi o primeiro episódio de sífilis ativa, registrado pelo médico em prontuário clínico, em um período de 12 meses após início da terapia antirretroviral. Os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis foram avaliados por meio de regressão logística binária múltipla. RESULTADOS Dentre os 459 indivíduos avaliados, observou-se uma prevalência de 19,5% (n = 90) de infecções sexualmente transmissíveis, sendo a sífilis (n = 49) a infecção sexualmente transmissível mais frequente nesses indivíduos. A prevalência da coinfecção HIV/sífilis foi de 10,6% (n = 49) e os fatores independentes associados foram o uso de álcool (OR = 2,30; IC95% 1,01–5,26) e ter diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis (OR = 3,33; IC95% 1,24–8,95). CONCLUSÕES Houve alta prevalência de coinfecção HIV/sífilis em pessoas vivendo com HIV em início de terapia antirretroviral em Belo Horizonte. A coinfecção HIV/sífilis foi associada a fatores comportamentais e clínicos, como uso de álcool e diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis. O conhecimento prévio sobre os fatores associados à essa coinfecção pode subsidiar as decisões dos profissionais de saúde inseridos no cuidado às pessoas vivendo com HIV, no que diz respeito ao diagnóstico oportuno, orientações, acompanhamento e tratamento adequado, tanto da sífilis quanto do HIV.
Objetivo: Avaliar os resultados do processo de implantação do serviço de farmácia clínica em um hospital psiquiátrico. Método: Relato de experiência retrospectivo da implantação de serviços de farmácia clínica em um hospital psiquiátrico da rede pública de saúde do Distrito Federal, no período de agosto de 2018 a março de 2019. Foi realizada uma análise descritiva dos dados registrados em planilhas de indicadores das atividades de farmácia clínica no hospital. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 34,0 (±11,6) anos e 87 (63,0%) eram do sexo feminino. Os principais tipos de problemas na farmacoterapia identificados foram a inefetividade quantitativa (34,8%), insegurança não quantitativa (32,6%) e inefetividade não quantitativa (12,3%). As principais intervenções realizadas foram alteração de posologia/horários de administração (26,8%), recomendação de monitoramento não laboratorial (20,3%) e outras sinalizações e alertas (10,1%). Dentre as 138 intervenções registradas no serviço de farmácia clínica implantado, 130 (94,2%) foram aceitas. Quando comparamos as intervenções aceitas com as que não foram aceitas, identificamos que houve diferença estatisticamente significativa para os tipos de intervenções realizadas (p=0,05) e não significativa para sexo dos pacientes (p=0,710), farmacoterapia envolvida (p=0,800), problemas relacionados a medicamentos (p=0,289) e quanto ao período em que as intervenções foram feitas (p=0,850). Conclusões: o estudo demonstrou que a implantação do serviço de farmácia clínica possibilitou, através das intervenções farmacêuticas aceitas, uma melhor adequação das prescrições médicas, evitando riscos aos pacientes internados.
O farmacêutico deve atuar de forma estratégica no controle da tuberculose, por meio do acompanhamento de pacientes durante todo o tratamento. Para isso, deve possuir um nível de conhecimento adequado para as suas atividades. O objetivo com o presente estudo é avaliar o conhecimento sobre tuberculose pelos farmacêuticos que atuavam na Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, mediante a aplicação de questionário semiestruturado e autoaplicável. O instrumento de pesquisa apresentava itens de avaliação de conhecimento nos seguintes domínios: tuberculose, Tratamento Diretamente Observado (TDO), diagnóstico e tratamento. Observou-se que 53 (94,6%) farmacêuticos participaram da pesquisa. A proporção de acertos nas questões relativas ao conhecimento de aspectos da tuberculose variou de 61,8% a 97,1%, com média de 79,6%. A proporção média de acertos foi de 88,0%, 89,9%, 64,6% e 77,7% nos domínios tuberculose, TDO, diagnóstico e tratamento, respectivamente. Os farmacêuticos apresentaram proporção média de acertos acima de 70% nos domínios de conhecimento tuberculose, tratamento e TDO. No entanto, observaram-se lacunas de conhecimento no diagnóstico e esquemas terapêuticos para grupos especiais.
Introdução: A pandemia de COVID-19 evidenciou a necessidade de desenvolver ferramentas para a divulgação de informações seguras em saúde, especialmente para pessoas vivendo e convivendo com vírus da imunodeficiência humana. Objetivo: Descrever a elaboração de boletins informativos para pessoas que vivem e convivem com vírus da imunodeficiência humana no contexto da pandemia de COVID-19. Métodos: Os boletins informativos são publicações periódicas desenvolvidas por professores, pesquisadores, alunos da pós-graduação e da graduação da Universidade Federal de Minas Gerais integrantes do projeto de extensão “Ações integradas para orientação às pessoas que vivem e convivem com vírus da imunodeficiência humana frente à pandemia de COVID-19”. Os boletins são elaborados seguindo seis etapas principais: i) busca em bases de dados, ii) seleção dos estudos e revisão da literatura, iii) escrita, iv) formatação, v) revisão e vi) publicação. Para alcançar leitores com diferentes níveis de escolaridade e letramento em saúde, os boletins são escritos em linguagem acessível, utilizando ferramentas de design e layout apropriados, ilustrações educativas, esquemas e infográficos, disponibilizados no website Pensando Nisso e salvos em PDF para facilitar o compartilhamento por meios digitais. Resultados: O primeiro boletim foi publicado em julho de 2020 e abordou temas como: riscos e ações para o enfrentamento da COVID-19 para pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana, terapia antirretroviral e COVID-19, acesso aos antirretrovirais durante a pandemia e interações medicamentosas. O segundo boletim foi publicado em novembro de 2020, com os seguintes temas: características, principais sintomas e tratamento (casos leves, moderados e graves) da COVID-19 para pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e desfechos em pacientes hospitalizados. Conclusão: Os boletins informativos constituem importantes ferramentas de compartilhamento de informações seguras e confiáveis no contexto da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e da pandemia de COVID-19. Ações como essa contribuem para a promoção da saúde integral das pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana, fornecendo subsídios para a tomada de decisão e manutenção de medidas preventivas.
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