O cotidiano da escola pública tem sido um espaço de grandes desafios aos professores, técnicos, funcionários, estudantes e suas famílias diante das distintas formas de violência que marcam as relações sociais e impactam o desenvolvimento das crianças. Para que o espaço escolar seja promotor de desenvolvimento, enfrentando os impactos da violência e prevenindo problemas emocionais e sociais, é preciso planejar, conjuntamente, ações que promovam mudanças substanciais na vida da escola e de seus atores. Neste artigo, buscamos apresentar o Projeto ECOAR (Espaço de Convivência, Ação e Reflexão) como uma possibilidade de atuação da Psicologia na Escola para a construção de ações preventivas no enfrentamento à violência e na promoção do desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. Alguns principais pontos dos fundamentos que sustentam essa proposta serão apresentados, assim como algumas ações desenvolvidas com o objetivo de promover as mudanças avaliadas pela equipe do projeto como necessárias. Pretende-se apresentar a importância da presença profissional da Psicologia junto aos professores no cotidiano da escola agindo de modo integrado e participativo, chamando a atenção para o fato de que a escola e sua dinâmica não estão separadas do mundo real de cada um de seus sujeitos.
O presente artigo sintetiza resultados de uma dissertação de mestrado construída no contexto do Espaço de Convivência, Ação e Reflexão (ECOAR), projeto de extensão da psicologia no enfrentamento à violência em escolas públicas. Reconhecendo a importância das Leis 10.645 e 11.645 (Inserção de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar), a pesquisa teve como objetivo identificar em uma das escolas do projeto, como as duas leis são aplicadas, investigar como o racismo está presente nas relações cotidianas. Fundamentadas na pesquisa-ação-participação, as autoras utilizaram como fontes de informação: 1) Projeto Político Pedagógico; 2) Site da Prefeitura Municipal e o Programa Memória e Identidade; 3) Mapeamento dos estudantes; 4) Diários de Campo. A partir da análise construtiva-interpretativa, os resultados demonstraram o racismo e discriminação sofridos pelos estudantes; a violência vivida, naturalizada e reproduzida no cotidiano; a falta de conhecimento das origens dos estudantes; um desconhecimento e dificuldades no trabalho com as Leis 10.645 e 11.645 e a importância de discutir a história de vida dos estudantes. Diante dos resultados, foi possível traçar uma proposta de ação para o enfrentamento das diferentes formas de violência, fortalecendo os estudantes. Palavras-chave: psicologia, escola, escola pública, racismo, relações étnico-raciais. This article summarises the results of a master's thesis built in the context of Living Space, Action and Reflection (ECOAR), an extension project of psychology to prevent violence in public schools. Recognizing the importance of Laws 10,645 and 11,645 (Insertion of Afro-Brazilian, African, and indigenous history and culture in the school curriculum), the research aimed to identify in one of the project's schools, how the two laws are applied and to investigate how racism it is present in everyday relationships. Based on research-action-participation, the authors used as sources of information: 1) Pedagogical Political Project; 2) City Hall website and the Memory and Identity Program; 3) Mapping of students; 4) Field Diaries. From the constructive-interpretative analysis, the results showed the racism and discrimination suffered by the students; the violence experienced, naturalised and reproduced in daily life; lack of knowledge of students' backgrounds; a lack of knowledge and difficulties in working with Laws 10.645 and 11.645 and the importance of discussing the students' life stories. In view of the results, it was possible to outline a proposal for action to face the different forms of violence, strengthening students.
This article summarizes the results of a doctoral thesis based on the psychosocial perspective and was justified by the indigenous presence in the city and the lack of public policies that respond to the real demands of the population. It aimed to investigate who the indigenous people are in an urban context and how historical memory is present in the construction of their identity, identifying them as a tool of resistance to colonization. Based on the Participation-Action-Research, the sources of information were field diaries and interviews with three indigenous representatives from two organized groups. From the Constructive-Interpretive Analysis, it can be concluded that the historical memory is configured as a tool in which it expands the identity dimension, making it possible to recognize oneself as an indigenous person from the historical records of memory, favoring the strengthening and resistance in the face of violence experienced in everyday life. In addition, the importance of collective spaces for strengthening the subject was evident.
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