A Espondilomielopatia cervical ou Síndrome de Wobbler se caracteriza por compressões dinâmicas e estáticas da medula espinhal e das raízes nervosas que causam sinais neurológicos e musculares, mais comumente a dor cervical. O presente estudo teve como discorrer sobre a etiologia, diagnóstico, sintomas, fisiopatologia, tratamento e prognóstico da espondilomielopatia cervical em cães. Google Acadêmica, PubMed e livros de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. A coleta de dados foi realizada entre os meses de setembro de 2021 a fevereiro de 2022, e utilizou os seguintes termos para pesquisa: “espondilomielopatia cervical em cães”, “wobblers syndrome”, e “espondilomielopatia”, “tratamento espondilomielopatia cervical” abrangendo as modalidades de: relatos de caso e revisão de literatura, selecionando os estudos de 1989 a 2022, nos idiomas português e inglês. A Síndrome de Wobbler canina é um distúrbio neurológico recorrente em animais de raças grandes ou gigantes, principalmente Dobermanns pinschers, representantes de 80% dos casos, além da existência de relatos em outras raças. Conclui-se então que apesar das incertezas relacionadas à etiologia da Síndrome de Wobbler, é relevante a relação entre essa patologia e fatores genéticos de raças de cães de grande porte, como Doberman pinscher, e a conformação corporal de determinadas raças, como Basset Hound. A ressonância magnética, embora seja o exame de eleição, é raramente usado para o diagnóstico, o que implica na adoção de mielografia associada ao exame prévio do líquido cefalorraquidiano como método mais utilizado diante de suspeitas clínicas, uma vez que a análise de radiografias não apresenta informações suficientes.

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