A deficiência visual constitui-se como fator limitante para a aquisição de funções e habilidades essenciais em todas as fases de desenvolvimento. Considerando que a adolescência se constitui como fase de vida marcada por transições, pela construção de identidade própria e conquista de autonomia e independência, para o adolescente com deficiência visual, esta etapa de vida pode ser marcada por maiores dificuldades na aquisição destas habilidades, destacando, ainda, que a família possui papel central neste contexto. Buscou-se com este estudo analisar se há diferenças entre as percepções de adolescentes com deficiência visual e de seus cuidadores quanto às vivências e experiências de autonomia e independência desses indivíduos. Para tanto, foi necessário identificar a compreensão dos participantes quanto aos termos autonomia e independência. A fim de atingirem-se os objetivos, foi utilizada a metodologia de pesquisa qualitativa exploratória-descritiva. Obteve-se dissonâncias entre os entendimentos dos termos, porém, após a explicação dos conceitos adotados para este estudo, todos os participantes descreveram os adolescentes como autônomos e independentes e não existiram discrepâncias quanto às percepções das vivências dos mesmos. Contudo, considera-se necessário a realização de mais pesquisas nesta área, visto a relevância da conceituação dos termos autonomia e independência para a Terapia Ocupacional e a escassez de publicações encontrada.
ResumoOs termos intervenção precoce, estimulação precoce e estimulação essencial vêm sendo historicamente discutidos e, apesar de semelhantes, refletem em práticas de atuação distintas. Com relação aos programas de intervenção precoce (IP), estes visam proporcionar acompanhamento não só às crianças com alterações no desenvolvimento, mas também a família e ao contexto em que elas estão inseridas. Neste sentido, pretendeu-se com este estudo caracterizar as instituições que prestam serviços de IP na cidade de Curitiba-PR e os profissionais atuantes nestes serviços. A amostra constituiu-se de 19 representantes institucionais e 142 profissionais. Predominaram as instituições do 3º setor, que atuam na área da educação que contam com equipe multidisciplinar. Quanto à população atendida prevaleceu a clientela com múltiplas deficiências e deficiência intelectual. Em relação aos profissionais prevaleceram professores com especialização que atuam há mais de 10 anos na IP e as equipes foram classificadas majoritariamente como multidisciplinares. A partir dos resultados concluiu-se que a prevalência de instituições do terceiro setor e da área da educação podem estar atreladas a aspectos históricos como assistencialismo e políticas nacionais de educação. A interdisciplinaridade entre setores da saúde e da educação ainda se constitui como um desafio conceitual, metodológico e prático, sendo necessária maior disseminação e compreensão sobre suas diretrizes e funcionamento. Conhecer a caracterização de instituições e seus profissionais é fundamental para compreender os desafios que se colocam ao atendimento da clientela em questão, sendo necessária a ampliação desses serviços de maneira geral e do acesso aos mesmos.Palavras-chave: Intervenção precoce (Educação); Educação especial; Relações interprofissionais.
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