A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é considerada uma enfermidade endêmica em diversas regiões do Brasil, sendo foco de diversas políticas públicas em virtude de seu potencial zoonótico. A única medicação regulamentada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no país, para o tratamento da enfermidade em animais, é a miltefosina. Desta forma, a busca por fármacos inovadores é necessária, os quais alguns já se encontram em fases de ensaios laboratoriais e outros têm sido indicados para uso na rotina clínica em outros países. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi evidenciar as possibilidades terapêuticas contra a LVC, buscando ressaltar, principalmente, os novos fármacos frequentemente utilizados na rotina clínica, bem como aqueles que possuem potencial para se tornarem opções viáveis para a abordagem da LVC no Brasil. Para a revisão, implementou-se uma busca sistemática manual nas principais bases de dados científicos, a partir da utilização de indexadores relacionados à temática no período de 1994 a 2022. Os resultados da busca sistemática revelaram que as opções terapêuticas potencialmente atuantes contra Leishmania infantum incluem marbofloxacina, beta-glucanas, imunomoduladores, além de óleos essenciais de plantas medicinais e seus compostos derivativos, sendo esses considerados candidatos promissores para o tratamento e controle da LVC. Portanto, a partir dos dados reunidos, foi possível verificar que existem muitos estudos acerca da terapêutica da enfermidade e, que o entendimento pode ser decisivo no fornecimento de um bom atendimento ao animal doente, bem como na implementação de um planejamento medicamentoso adequado.
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