Este estudo objetivou avaliar a temperatura-base inferior (Tb), soma térmica e fenologia de cultivares de videira e de quivizeiro. Estacas com 25-35 cm das cultivares de videira Chardonnay (CH), Isabel (IS), Niágara Branca (NB), Concord (CO) e Bordô (BO) e de quivizeiro Bruno (BR), Monty (MO), Elmwood (EL), MG06 (MG) e Yellow Queen (YQ) foram coletadas em pomares localizados em Veranópolis, RS, em 03/06/2015. As estacas intactas foram submetidas a 0 °C por 1.008 Horas de Frio (HF), em câmaras incubadoras para a superação da dormência, embaladas em filme plástico preto. Na sequência, foram transferidas para as temperaturas de 4, 6, 8, 10 e 12 °C, em estacas de nós-isolados, plantadas em espuma fenólica. Durante 150 dias, as gemas foram avaliadas a cada 2-3 dias quanto à brotação, no estádio de ponta verde e seus dados (1/dias para brotação) inseridos em curvas de regressão para estimativa da Tb para cada genótipo. Séries históricas de fenologia de 10 anos das cultivares e dados meteorológicos dos locais de cultivo foram utilizados para o cálculo da soma térmica (graus-dia) das frutíferas durante o ciclo vegetativo. A Tb se diferenciou entre as espécies frutíferas. A Tb foi menor para cultivares de quivizeiro (BR=3,0 °C; MO=3,3 ºC; EL=3,1 °C; MG=3,2 °C e YQ=3,0 °C) e maior para cultivares de videira (CH=4,2 °C; IS=4,3 °C; NB=4,1 °C; CO=6,2 °C e BO=4,4 °C). A soma de graus-dia (GD) variou de 1670,9 a 2060,7 para as cultivares de videira e de 3179,6 a 3762,0 para as cultivares de quivizeiro. A maior soma de GD para a cultura do quivizeiro é dada pelo maior número de dias do seu ciclo vegetativo associada a menor Tb dos genótipos, se comparada à cultura da videira. O subperíodo fenológico (brotação à maturação) das frutíferas, em 100% dos casos, respondeu mais ao tempo térmico (graus-dia) do que ao tempo cronológico (dias) para completar o ciclo vegetativo.
A videira apresenta um período de dormência no outono/inverno, superado pelo acúmulo de horas de frio (HF) ≤7,2ºC, temperatura genérica para frutíferas temperadas. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência de diferentes temperaturas e tempos de frio para a superação da dormência de gemas de videiras. Estacas de videiras ‘Chardonnay’, ‘Merlot’ e ‘Cabernet Sauvignon’ foram coletadas em vinhedos localizados em Veranópolis-RS, em junho/2016, após 300 horas de frio (HF≤7,2°C) a campo. Os ramos, processados em estacas de nós-isolados, foram submetidos em câmaras incubadoras a três intensidades de frio (7,2, 10 e 13°C) e seis tempos de exposição (300, 396, 492, 588, 684 e 780 HF - considerando o somatório do frio acumulado a campo e o frio imposto em condições controladas). Ao final de cada tempo de frio, uma parcela das estacas foi transferida para 25ºC para indução e avaliação da brotação das gemas. Os dados de brotação foram analisados quanto aos parâmetros de brotação máxima, precocidade e uniformidade. As cultivares apresentaram diferenças na necessidade de frio e na efetividade das temperaturas de frio para a superação da dormência. A ‘Chardonnay’ necessitou até 300 HF para a superação da dormência, independente da temperatura testada; a ‘Merlot’ necessitou até 396 HF a 7,2ºC e a 10ºC e até 492 HF a 13ºC; e o ‘Cabernet Sauvignon’ necessitou até 492 HF a 7,2ºC, até 588 HF a 10ºC e até 684 HF a 13ºC. A precocidade e uniformidade de brotação das gemas foi maior após suprido o frio na dormência para cada cultivar.
A superação da dormência das gemas em macieira ocorre após um acúmulo de horas de frio (HF) no outono/inverno. Caso o ambiente não supra a necessidade de frio das plantas, lança-se mão de insumos indutores de brotação para a superação artificial da dormência. Objetivou-se avaliar a superação da dormência de gemas de macieira combinando o efeito do frio e o uso de um indutor de brotação. Utilizou-se o indutor de brotação padrão para a cultura da macieira (Dormex® 1% + Óleo Mineral 4% - D/OM) na cultivar Royal Gala após a variedade receber diferentes tempos de frio. Estacas de ‘Royal Gala’ foram coletadas a campo em abril/2016 e submetidas ao tratamento com D/OM, após 0, 100, 200, 300, 400, 500 e 600 HF. Um tratamento controle foi incluso, com aplicação somente de frio a 7,2ºC. No tratamento controle, a variedade Royal Gala superou a dormência com 600 HF. Quando testado o D/OM combinado com o frio, os produtos não foram eficientes para a superação da dormência após 0, 100 e 200 HF, atingindo aproximadamente 50% de brotação das gemas. Porém quando o D/OM foi aplicado após 300, 400, 500 e 600 HF, as plantas responderam com uma alta taxa de brotação (acima de 90% de brotação), indicando que produtos indutores de brotação, como o D/OM, terão efeito somente se o ambiente suprir naturalmente 50% ou mais da necessidade de frio do genótipo a campo.
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