RESUMOO Programa Nacional de Imunização em 2014 introduziu a vacina do HPV (Papiloma Vírus Humano) no calendário Nacional de vacinação. Este trabalho se propõe a analisar as coberturas vacinais para o HPV na campanha de 2014, e como que se deu a sua distribuição nos Estados Brasileiros, considerando a meta de 80% a ser atingida por todos os municípios do país. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária de dados. Os dados sobre cobertura vacinal das meninas dos 5.565 municípios brasileiros foram obtidos através de acesso à página do Programa Nacional de Imunização (PNI). As cidades foram divididas e tabuladas em cinco faixas relacionadas a cobertura vacinal, estratificadas de modo arbitrário pelos autores: faixa 1 > 40%, faixa 2 de 40% a 59%, faixa 3 de 60% a 79%, faixa 4 80% a 100% e faixa cinco acima 100%. A cobertura vacinal contra HPV, em 2014, apresentou valores bastante discrepantes entre as doses, estados e municípios. Entre os 5565 municípios brasileiros, 1776 (32%) atingiram a meta de cobertura em ambas as doses. Na primeira fase da campanha de vacinação contra o HPV, o número de municípios que atingiram a meta de 80% foi de 4866, já na segunda dose este número passou para 1810, uma redução de 62%. Além disso, no outro extremo da cobertura vacinal, a faixa 1 continha 103 municípios e na segunda dose este valor subiu para 1014, ou seja, um acréscimo de 884%. Apenas o Estado do Amazonas não atingiu a meta de vacinação contra o HPV em ambas as fases da campanha. Concluiu-se que a campanha de vacinação do HPV não atingiu as metas preconizadas nas duas doses em 60% dos municípios brasileiros no ano de 2014.
O Programa Mais Médicos, ao contratar profissionais médicos para atuar nas regiões prioritárias para o SUS, visa ampliar o acesso da população à atenção básica de saúde. Este estudo resgata o processo de formulação deste programa, pela perspectiva do Modelo de Múltiplos Fluxos, desenvolvido por John Kingdon, com ênfase nos embates estabelecidos entre os Poderes Executivo e Legislativo. Analisa, ainda, a Exposição de Motivos Interministerial n.º 024/2013-MS/MEC/MP, a Medida Provisória n.º 621/2013 e o Projeto de Lei de Conversão n.º 026/2013-CN que culminaram na edição da Lei n.º 12.871/2013. Ao final, são apresentados resultados pontuais para explicitar a perenidade da agenda governamental de saúde pública nacional frente à atuação dos atores envolvidos neste processo e seus interesses e estratégias aplicados com o objetivo de influenciar os decisores políticos para a formulação do Programa.
O estudo analisa os diferentes enfoques empregados ao termo “interdisciplinaridade” nas pesquisas cientificas. O estudo não tem a pretensão de estabelecer um conceito consolidado sobre a interdisciplinaridade, mas de propor reflexões e contribuir para o avanço do entendimento sobre o tema. Contextualiza a interdisciplinaridade nas pesquisas brasileiras e realiza análise de conteúdo em 46 artigos publicados a partir de 2016. A análise de conteúdo resulta na identificação de nove categorias sobre a utilização do conceito de interdisciplinaridade e suas características a partir dos autores que apresentam estudos sobre este tema. Foram identificadas oito categorias, onde a interdisciplinaridade pode ser compreendida como: uma alternativa à produção do conhecimento; uma possibilidade de análise holística; além da combinação de saberes e disciplinas; a interação entre diversos campos do conhecimento; proposta de novos conhecimentos; a partir das relações das disciplinas; uma forma de superação dos limites disciplinares; perspectiva do sujeito ou do objeto de pesquisa; e, perspectiva do objeto de pesquisa. A análise das categorias revela a amplitude conceitual e a prática da interdisciplinaridade enquanto elemento propulsor do desenvolvimento de estudos acadêmicos e pesquisas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.