Neste artigo, temos como objeto de estudo a construção estativa com o verbo ser – CE-Ser. Nosso objetivo é analisar usos dessa construção no português atual considerando o continuum léxico-gramática. Nesse sentido, diferenciamo-nos, sobretudo, de abordagens que tomam o verbo ser como meramente relacional, desprovido de significado. A análise é de natureza qualitativo-interpretativa, fundamentada na Linguística Funcional Centrada no Uso e na Gramática de Construções. Os dados advêm do Corpus Discurso & Gramática (VOTRE; OLIVEIRA, 1995, 1996, 1997, 1998; FURTADO DA CUNHA, 1998) e do Banco Conversacional de Natal (FURTADO DA CUNHA, 2011), compreendendo textos das modalidades falada e escrita. Os resultados apontam que a construção com ser é instanciada por um leque gradiente de microconstruções, as quais se distribuem entre aquelas em que ser é mais lexical e aquelas em que esse verbo tem papel unicamente procedural. Nessa variedade de usos, estão implicados fatores cognitivos e discursivo-pragmáticos como mecanismos motivadores.
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