Nesta pesquisa avaliou-se o potencial do bagaço da cana-de-açúcar como adsorvente natural do corante têxtil sintético. Na primeira etapa da pesquisa foi realizado a preparação e caracterização do adsorvente através da determinação do ponto de carga zero – pHPCZ e da Espectroscopia de infravermelho com transformação de Fourier (FTIR), verificou-se que o adsorvente possui um pHPCZ igual a 3,37 para o material seco à 60 °C. Na segunda etapa da pesquisa foram realizadas ativações ácida e alcalina do material adsorvente e um planejamento experimental do tipo Box-Behnken 25 para cada material adsorvente tendo como variáveis independentes a massa, concentração, pH, rotação e tempo sendo avaliadas as respostas quantidade adsorvida (qt) e redução na concentração de corante (%red). Os ensaios cinéticos foram realizados em pH 3,0 e concentração de 150 mg. L-1, sendo coletadas amostras a cada cinco minutos até 60 minutos, para os adsorventes in natura, ácido e alcalino. Os dados cinéticos foram ajustados aos modelos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e equação de Elovich, sendo o modelo de Elovich o que melhor se ajustou aos ensaios. As isotermas foram construídas variando a concentração de 25 a 200 mg. L-1, com pH 3,0 e a isoterma de Sips obteve maior valor de R2 e Teste F. O bagaço da cana-de-açúcar mostrou-se atraente na remoção do corante direto Tupy® cor bordô 16, principalmente quando é realizado o tratamento do adsorvente com HCl.
Recentemente, a tecnologia dos Biorreatores Anaeróbios de Membrana Dinâmica tem sido uma abordagem adotada como uma alternativa promissora para resolver os problemas encontrados nos processos dos Biorreatores Anaeróbios de Membranas Convencionais, devido a fatores como baixo custo do módulo de membrana, menor custo de energia e um controle mais fácil de incrustação. Este estudo investigou o uso de um biorreator anaeróbio de membrana dinâmica para o tratamento de esgoto doméstico, avaliando o potencial de remoção de ovos de helmintos visando produzir um efluente para reúso agrícola. O sistema experimental foi operado na Estação Experimental de Tratamentos Biológicos de Esgoto Sanitário (Extrabes) em Campina Grande, Paraíba. A membrana dinâmica foi desenvolvida em um módulo de membrana externo sob uma malha de polietileno com tamanho médio de poro de 89 µm, e o reator foi operado sob um TDH de 8 horas. O sistema proporcionou um desempenho satisfatório, produzindo um efluente com turbidez média de 120,8 NTU, alcançando uma eficiência média de remoção de DQO e ovos de helmintos de 56% e 94,4%, respectivamente. Palavras-chave: Biorreatores de Membrana. Membrana Dinâmica. Tratamento Anaeróbio. Esgoto Doméstico.
O presente trabalho teve como objetivo o tratamento de água residuária doméstica utilizando biorreator anaeróbio de membrana dinâmica submersa para uso agrícola, avaliando a capacidade de remoção de matéria orgânica e patógenos. O biorreator utilizou uma malha de polietileno de 89 µm como material suporte, operou com TDH de 8 horas, fluxo constante de 3,39 L.m-².d-¹ e temperatura ambiente. Após 120 dias, a PTM chegou a 122,78 kPa, o sistema mostrou bom desempenho e boa remoção de DQO e turbidez, 77,3% e 83,2%, respectivamente. Houve a remoção de 99,5% de ovos de helmintos, além da remoção de Coliformes totais e E. Coli, possibilitando o uso agrícola da água residuária tratada na irrigação de cultivo de folhosas e plantas cultivadas distantes do nível do solo. Palavras-chave: Membrana Dinâmica. Tratamento Anaeróbio. Águas Residuárias. Matéria Orgânica.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade da filtração lenta, em diferentes meios filtrantes, no tratamento de água residuária doméstica, pré-tratada em sistema de lodo ativado, para produção de água de reúso urbano de classe II. Foram construídos três filtros lentos com três diferentes meios filtrantes, sendo um de areia (FLA), um de material não tecido agulhado de 20 cm (FNT 2) e de material não tecido agulhado de 30 cm (FNT3). Para avaliar a eficiência dos filtros, foram monitorados os parâmetros físico-químicos do efluente obtidos no sistema de lodo ativado (utilizado como afluente nos filtros) e efluentes produzidos nos filtros lentos. Como resultados foram obtidas eficiências médias de remoção de turbidez 78% para FLA e 74% para FNT 2 e 3. Para remoção de DQO 47% para FLA e FNT 2 e 43% para FNT 3. Para remoção de SST 40%, 35% e 41% para FLA, FNT 2 e FNT 3, respectivamente. Para remoção de SSV 38%, 46% e 43% para FLA, FNT 2 e FNT 3, respectivamente. Conclui-se que o filtro lento com meio filtrante de material não tecido agulhado apresenta eficiência equivalente à do filtro lento de areia, que é um sistema já difundido, porém os FNTs possuem maior facilidade de operação e de limpeza, além de curto tempo de amadurecimento quando comparados com o FLA. Palavras-chave: Filtração lenta. Não tecido. Água residuária.
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